21 junho 2013

Protesto em Porto Alegre termina com 20 presos e 15 feridos, diz BM

Balanço do protesto em Porto Alegre (Foto: Felipe Truda,
Adriana Franciosi e João Vitor Santos)
Pelo menos 20 pessoas foram presas e 15 ficaram feridas nos confrontos ocorridos durante o protesto desta quinta-feira (20) em Porto Alegre, de acordo com a Brigada Militar. Após um início pacífico de caminhada que reuniu cerca de 18 mil pessoas, houve conflito em mais de um momento entre manifestantes e policiais. Cinco lojas foram depredadas, e mais de 10 estabelecimentos acabaram saqueados. Pelo menos 11 agências bancárias foram atacadas.

Os detidos foram levados para uma área judiciária integrada criada para a noite do protesto. No local, trabalham Polícia Civil, Instituto Geral de Perícias, BM, Samu, Corregedoria do estado, além de um juiz.

De acordo com o comandante-geral da BM, Fábio Duarte Fernandes, havia pelo menos 150 depredadores, em sua maioria jovens e estudantes. "Percebemos que o espírito era incendiar a cidade. Quando os depredadores depararam com a tropa de choque, eles utilizaram bombas e coquetéis molotov em direção à tropa. Este método já tinha sido identificado à tarde pela inteligência, e fizemos uma apreensão de bombas", disse em entrevista à Rádio Gaúcha.

Fernandes avalia como positiva e tática utilizada pela Brigada Militar, já que houve apenas registros de casos leves de feridos. As ações preventivas foram localizadas em postos de gasolinas e outros lugares que seriam alvos.

"Queremos mais uma vez ratificar que a nossa prioridade é a garantia da vida das pessoas e defesa do patrimônio. Nossos procedimentos ainda estão conseguindo fazer frente a estes depredadores", avaliou o comandante-geral.

O protesto desta quinta-feira (20) estava marcado para as 18h, mas a concentração começou por volta das 17h. Manifestantes ocuparam inicialmente o Paço Municipal e parte das avenidas Sete de Setembro e Borges de Medeiros. Depois, eles se dividiram em três grandes grupos: um caminhava pela Avenida Júlio de Castilhos, outro pela Borges de Medeiros e um terceiro foi para a João Pessoa e se dirigiu à Avenida Ipiranga.