Presos foram ouvidos na Promotoria de Justiça de Santo Ângelo |
As outras prisões ocorreram em Panambi e Santa Maria. A investigação iniciou há seis meses e deve ser concluída no fim de setembro. A quadrilha agia em pelo menos 12 cidades do Sul do País participando de leilões municipais, principalmente de máquinas agrícolas, tratores, ônibus e caminhões.
De acordo com o promotor Ricardo Herbstrith, o lucro indevido dos investigados "chega à casa dos milhões de reais". Ele revelou que "outras prisões devem ocorrer". O grupo vai ser denunciado por fraude e formação de quadrilha. Sete dos detidos já foram ouvidos. Outros dois prestarão depoimento nesta quarta. A prisão temporária do grupo vence na sexta-feira. Se não ocorrer pedido de prorrogação, todos serão liberados.
De acordo com a investigação, os envolvidos convenciam interessados em bens colocados em leilão a não participarem dos procedimentos. Com isso os produtos eram arrematados pelo valor de avaliação, ou seja, pelo lance mínimo, pela quadrilha. Depois, o grupo fazia um segundo leilão entre os interessados em adquirir o bem. A diferença entre as duas cotações era dividida entre os investigados.
O MP descobriu, ainda, que quando o bando não conseguia convencer um interessado no bem a não participar do leilão promovido pelo município, oferecia lances apenas para aumentar o valor e prejudicá-lo. O produto, no entanto, não era retirado, forçando um novo leilão.