José Aita, Nestor Koehler, Fabiano Cenci e Marcelo Cavalheiro participaram do debate e receberam um lembrança da SETREM (Foto: Assessoria de Comunicação SETREM) |
O VI Seminário de Engenharia de Produção da SETREM foi realizado nos dias 26, 27 e 28 de julho, no Auditório da Setrem, tendo como tema principal o Planejamento e Controle da Produção (PCP). Destaque para a troca de experiências entre palestrantes e acadêmicos quanto aos caminhos enfrentados pelos profissionais da área no mercado de trabalho.
Na primeira noite, palestraram os engenheiros Tarcísio Giordani e João Coelho. O encontro seguinte contou com as apresentações de Jefferson Alves e Ismar Schaedler. No terceiro dia a atividade ocorreu na Afucomaio, inicialmente com um bate-papo entre os engenheiros Fabiano Cenci, Marcelo Cavalheiro, José Aita e Nestor Koehler e os estudantes, em que o tema teve foco no papel do Engenheiro de Produção na indústria.
A finalização do evento contou com uma iniciativa diferente. Os acadêmicos prepararam e serviram um jantar aos colegas de curso, com pratos variados da culinária francesa, cuja preparação foi organizada em sala de aula, sob a coordenação do professor Adalberto Lovato.
Trabalho além do escritório
Tarcísio Giordani é engenheiro mecânico pós-graduado em Administração da Produção, tendo trabalhado com processos até 2003, na DHB Componentes Automotivos. Atualmente oferece assessoria técnica a empresas. Quanto ao mercado de trabalho em sua atual área, vê excelentes profissionais à disposição, mas com muito espaço para expansão. “Há lugar para todos, pois a maioria das empresas em crescimento precisa de mão de obra especializada”, explica. Ele apresentou sua experiência e como isso se relaciona com o PCP. “Os acadêmicos precisam entender o que significa a Engenharia de Produção dentro do chão de fábrica, qual é a função do engenheiro, e compreender que ele não deve ficar só no escritório, mas ter uma participação ativa, indo para o chão de fábrica e colocando a mão na graxa”, finaliza.
Sistema de Gestão da Qualidade
João Coelho, engenheiro mecânico, teve passagem pela AGCO do Brasil, atuando na engenharia de processos e da qualidade. Mestre em Administração de Empresas, trabalhou também no ramo eletroeletrônico e na DHB, como coordenar da área da qualidade, antes de retornar à AGCO, como supervisor de produção. “Explanei aos alunos sobre um sistema de gestão da qualidade empregado no ramo automotivo, criado e implementado pela General Motors (GM), chamado QSB. Passamos por toda a prática, com sua implantação, indicadores e a forma de gerenciar a qualidade usando este sistema”, resume.
Mentabilidade enxuta
Engenheiro com pós-graduações em áreas afins, Jeferson Alves apresentou aos acadêmicos sua trajetória no ramo automotivo, como gerente de qualidade, de produção e de manutenção, funções desempenhadas na empresa Delphi, em várias partes do mundo, como a China e a Índia. Atualmente tem vínculo com a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. O tema apresentado pelo profissional foi “mentabilidade enxuta”, termo criado por Alves unindo a habilidade ao mental. “Planejar algo que muda mais rápido todos os dias e com prazos mais enxutos, com menos recursos para alcançar os máximos resultados, é um grande desafio. É necessária uma habilidade mental para a tomada de decisões, interpretar o que está acontecendo e saber que a tomada de decisão deverá resolver o problema. Em uma empresa, isso é essencial pela competitividade. Hoje, se você não consegue ser rápido o suficiente para resolver o problema, alguém vai ser e vai tomar seu lugar no mercado. É imprescindível a mentabilidade para interpretar os cenários e tomar as decisões corretas”, conclui.
Antecipando o futuro profissional
Ismar Schaedler, engenheiro mecânico da John Deere, especialista em Gestão Empresarial e mestre em Engenharia Automotiva, apresentou aos alunos sua experiência profissional. “É compartilhando o conhecimento com os acadêmicos que conseguimos esclarecer o que eles têm pela frente no mercado profissional, para que possam estar preparados para atender as demandas que lhes serão exigidas”, explica Schaedler, que já atuou nas áreas de manufatura, processos, compras, qualidade e que, atualmente, está ligado a projetos de novos produtos.