Jose Clovis de Azevedo (D) diz que professores optaram pelo rompimento do diálogo com o governo (Foto: Alina Souza/Palácio Piratini) |
Em entrevista na tarde desta sexta-feira (23), o secretário estadual da Educação do Rio Grande do Sul, Jose Clovis de Azevedo, afirmou que a opção dos professores da rede estadual pela greve afeta as negociações entre a categoria e o governo do estado e promete cortar o ponto dos grevistas.
A paralisação dos professores foi decidida na tarde desta sexta-feira (23) em assembleia no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre. Segundo o Cpers-Sindicato, a greve inicia na próxima segunda-feira (26), por tempo indeterminado.
“A deflagração de uma greve, neste momento, significa um rompimento unilateral nas negociações”, declarou o secretário.
O secretário destacou ainda que as direções escolares serão responsáveis por manter as escolas abertas e por registrar a presença ou ausência no trabalho de professores e funcionários. Aqueles que aderirem à greve terão o ponto cortado, além
“A greve não trará nenhuma vantagem, só prejuízos. Inclusive dificultando o processo que nós estamos organizando de preparação das promoções dos professores”, acrescentou Azevedo.
O secretário também afirmou que as declarações do sindicato de que o Governo do Estado não respondeu à pauta do Cpers não são verdadeiras. Segundo Azevedo, o governo propôs outra audiência de negociação com a presença, inclusive, de secretários de outras pastas.
Os professores reivindicam o pagamento do piso nacional do magistério, atualmente fixado em R$ 1.567,00 para uma jornada de 40 horas de trabalhos semanais, além da criação de um piso salarial (com o mesmo valor do piso dos professores) para os funcionários de escola, a regularização das promoções e a suspensão da reforma do Ensino Médio.
A secretária-adjunta de Educação, Maria Eulalia Nascimento, diz que apenas quatro estados da federação conseguem pagar o piso nacional e ressaltou que o Executivo já garantiu o reajuste de 76,68% a todos os professores da rede estadual, conforme um calendário de reajustes, que atinge todos os 160 mil professores na ativa e aposentados, além de servidores de escolas.