16 setembro 2013

Polícia investiga morte de criança de seis anos em Santiago

Foto: Arquivo pessoal da família
A Polícia Civil de Santiago, na Região Central do Rio Grande do Sul, investiga a morte de uma criança de seis anos, no dia 7 de setembro, depois de ela sofrer uma parada cardiorrespiratória. No dia anterior ela havia sido internada. A família alega demora no atendimento no Hospital de Caridade do município. Segundo a mãe, ela estava com febre e falta de ar, como mostra a reportagem do Bom Dia Rio Grande, da RBS TV.

"Eles demoraram para atender, ela chegou às 13h, e o médico apareceu às 17h. Minha filha passou mal a noite inteira, e ele simplesmente deixou de medicar ele, se negando que ela tinha alguma coisa", disse Carla Becker, mãe de Ciane.

A vó Georgina lembra com carinho da bisneta. "Quando eu chegava ela saía correndo de braços abertos para me abraçar”.

A família registrou uma ocorrência policial e um inquérito foi aberto para apurar se houve negligência ou imprudência por parte dos profissionais de saúde que atenderam a criança. Deve ser pedida a exumação do corpo da menina.

A polícia também investiga as circunstâncias do nascimento de um menino que teria sofrido uma lesão no braço durante o parto realizado no mesmo hospital. Yuri não consegue movimentar o braço esquerdo. O bebê nasceu no dia 17 de julho, de parto normal.

"Estourou a bolsa, (a mãe) perdeu todo líquido, e o bebê não desceu. Então ele (médico) tinha que na hora fazer uma cesária", disse Rosalino Oliveira, pai da criança.

A direção do hospital admitiu que a lesão ocorreu durante o parto, mas alega divergências sobre a informação do peso do bebê em um ultrassom, realizado em outro hospital, e que foi constatado na hora do parto. A informação teria servido de subsídio para decisão do médico.

O hospital também abriu uma sindicância para apurar a circunstância da morte de Ciane e afastou o pediatra que atendeu a menina.

"Em uma prévia, o que foi apurado pela direção técnica do hospital é que foi cumprida a rotina medicamentosa, e o médico fez a visita à paciente. Maiores detalhes poderemos dar no final da sindicância, com informações mais precisas e concretas", afirmou Ruderson Mesquita, administrador do hospital.

Os dois inquéritos policiais devem ser concluídos ainda nesta semana.