Professores do Pacelli e da São Francisco decidem encerrar a greve |
Reunidos na tarde desta sexta-feira, 6, os professores do Instituto Cardeal Pacelli e da Escola Francisco decidiram voltar ao trabalho. Assim, a partir de segunda-feira as aulas voltam ao normal em todas as escolas estaduais de Três de Maio. A greve do magistério durou onze dias e não conseguiu a adesão total dos professores.
Na Escola Castelo Branco seis professores estavam paralisados e a expectativa é que eles também voltem a dar aulas a partir de segunda-feira.
Já em Porto Alegre, depois de quase três horas de reunião entre professores e representantes do governo do Estado, na sede da Fundação de Desenvolvimento de Recursos Humanos (FDRH) na manhã desta sexta-feira, a direção do Cpers/Sindicato anunciou que pretende radicalizar a mobilização com relação as negociações salariais com o governo do Estado. Os professores da rede estadual de ensino estão em greve desde a semana passada.
No final do encontro, a presidente do sindicato, Rejane de Oliveira, disse que a paralisação vai continuar e pode ainda ser radicalizada. “Vamos definir uma agenda de ações, porque o governo Tarso não nos deu outra opção a não ser manter a greve. O governo mostrou que não quer negociar”, destacou.
A sindicalista explicou que a categoria solicitou ao governo estadual que criasse um calendário para o pagamento do piso nacional, que hoje é de R$ 1.567 e que suspendesse o projeto de reforma do Ensino Médio, o que na opinião da presidente do sindicato, compromete o futuro dos alunos. “Pedimos um reajuste dos valores do vale-refeição do magistério. O secretário respondeu que não pode pagar o piso nacional e que não vai suspender o projeto de reforma do Ensino Médio”, acrescentou.
O secretário estadual da Educação, Jose Clovis de Azevedo, afirmou que 13 dos 27 pontos que compõem a pauta de reivindicações da categoria foram atendidas pelo governo gaúcho. “Não vamos suspender o projeto que prevê a reformulação do Ensino Médio porque seria um desrespeito com a comunidade escolar”, ressaltou.
Segundo ele, o pagamento do piso nacional teria um impacto de R$ 3 bilhões no orçamento estadual. Sobre o reajuste do vale-alimentação, Azevedo afirmou que a revisão do valor não depende da secretaria, mas do Comitê de Diálogo Permanente (Codipe) vinculado à Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos.