Silceu Dalberto-Presidente da Cotrimaio (Foto: Arquivo/Cotrimaio) |
Na última terça-feira, 08, aconteceu importante reunião sobre a criação de uma grande empresa no setor de commodities de grãos, que terá papel preponderante especialmente no sentido de barganhar no momento das compras e vendas e de pleitos junto aos setores privado e público.
Na reunião, estiveram presentes os diretores, gerentes, assessoria jurídica e conselheiros fiscais da Cotrimaio e o advogado Roberto Davis, que explicou como deverá funcionar o sistema da Sociedade Anônima com os associados, credores e investidores, projeto este, já iniciado logo após 14 de janeiro pela atual gestão.
Dentro do plano de reestruturação da Cotrimaio, aonde desde o mês de janeiro, a direção vem trabalhando com o lema: grão paga grão, o resultado foi muito positivo. Algumas desmobilizações também ocorreram e a busca por alternativas para recuperação é constante, dentre elas, a construção de uma S.A..
A situação é que as cooperativas não têm acesso a fontes de financiamento que não estão vinculados a juros. “Que é algo para trazer para dentro da sociedade, a participação de fundos de investimento. Que possam trazer investimentos sem que sejam empréstimos, mas participação societária da empresa. Isso é possível com empresa de caráter de sociedade anônima”, destacou o presidente da Cotrimaio, Silceu Dalberto.
Desta forma, a cooperativa entraria com a capacidade de armazenamento e a originação de produtos e, os credores, investidores e parceiros financeiros com o capital – diz Silceu.
De acordo com Roberto, não haverá perda de patrimônio da Cotrimaio. “Ela vai operar o sistema de grãos através de uma Sociedade Anônima, para poder ter investidores que tragam capital de giro e de investimento dentro da sociedade”, explica.
Segundo Silceu, a ideia do projeto surgiu com o objetivo principal de quitar em menos tempo os débitos com seu quadro de credores – associados, fornecedores e instituições financeiras, através da injeção de recursos de acionistas. “Se nós continuarmos trabalhando da forma que estamos, provavelmente levaremos pelo mínimo 10 anos para quitar o passivo, e com a criação de uma S.A., levaremos muito menos tempo, ou seja, o produtor vai receber seu passivo em menos tempo e com isso, a região vai ter capital de giro e os produtores vão poder continuar trabalhando com a Cotrimaio. Todos vão ganhar com a S.A., finalizou”.
A Cotrimaio será a primeira cooperativa a acessar este projeto no RS. Vai participar de uma sociedade anônima para alterar a sua área de commodities e, os associados e credores da cooperativa terão a oportunidade de receber seu passivo. O projeto já está aprovado pelo Banco Plural e tem investidores interessados.
Na reunião, foi aprovado um indicativo pelas lideranças presentes a favor da continuidade deste projeto. O presidente Silceu, está animado com o projeto, que destaca ser uma ótima oportunidade de recuperação para a Cotrimaio e seus associados e estima que o plano de negócio possa ser apresentado aos associados ainda este ano e, se aprovado por eles, já no próximo ano, a Cooperativa estará operando com as commodities de grãos, dentro da S.A.
O encaminhamento do projeto está sendo efetuado pela Cotrimaio, pelo advogado Roberto Davis e o Banco Plural.