18 novembro 2013

Alunos da SETREM desenvolvem protótipos para uso na agricultura

Turma de Física do curso de Agronomia montou fogões,
aquecedores e desidratadores que utilizam energia solar
Alunos do 2º semestre do curso de Agronomia da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM) apresentaram na noite de quinta-feira, 14, seus protótipos do uso de energia solar voltados para a agricultura. Os projetos desenvolvidos geraram fogões, aquecedores e desidratadores solares, além de equipamentos de secagem de grãos. A atividade é integrante do componente curricular de Física, ministrado pela professora Carla Sperling.
               
"A aplicabilidade dos projetos envolve várias possibilidades, como a utilização dos aquecedores solares de água para limpeza do tambo, gerando economia para o agricultor. No caso dos desidratadores solares, temos um projeto voltado às produtoras rurais, para que possam agregar renda à propriedade com a desidratação de frutos, flores, chás e ervas em geral", explica Carla.
               
O material para construção dos protótipos foi livre, mas grande parte dos grupos deram preferência a componentes reutilizáveis ou reciclados. "A ideia do projeto é que desenvolvessem protótipos de baixo custo, com materiais que qualquer pessoa tem acesso, como garrafas pet, canos e lonas. Posteriormente, o protótipo pode ser adaptado com materiais mais sofisticados, de maior durabilidade, podendo se tornarem um equipamento permanente nas propriedades rurais", projeta a professora.
             
                Uma possibilidade viável
             
Os acadêmicos Cristiano Affonso Lottermann, de São Martinho, Mauricio Servat e Vladimir da Silva, de Três de Maio, desenvolveram um protótipo de aquecedor solar de água. "Com alguns metros de cano PVC de 20mm de diâmetro e garrafas PET, nosso equipamento foi montado. Cortamos as garrafas e colocamos os canos dentro delas. No fundo utilizamos uma lona preta para refletir o sol. A água passa pelo equipamento, sendo aquecida", explica Lotterman.
               
Segundo ele, nos testes a temperatura da água chegou a 70ºC, adequada para o trabalho dos produtores leiteiros na limpeza do tambo e dos equipamentos utilizados na ordenha. "Este equipamento pode ser utilizado também em casas, gerando água quente para lavar louça. O custo é mínimo. Utilizando canos de qualidade, gastamos aproximadamente R$ 80. Dependendo da temperatura do ambiente, do local de instalação e do sol, o volume de água aquecida pode ultrapassar os 20 litros por hora", conclui o acadêmico.