04 novembro 2013

O Relógio do Corpo Humano

Estimular a comunidade a usar plantas medicinais que
complementarão uma terapêutica farmacológica está
entre as diretrizes do PNPMF e do PNPIC
Estudantes do 6º período do Bacharelado em Enfermagem da Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM), juntamente com a professora Lourdes Huppes, que ministra o componente curricular de Métodos e Cuidados Alternativos em Saúde, realizaram a seleção de plantas medicinais que serão usados no Relógio do Corpo Humano, mantido na Unidade Três de Maio. Esta técnica é utilizada em diversas instituições e consiste na criação de canteiros em formato de “pizza”, em que cada “fatia” representa uma hora do relógio que, por sua vez, representa um órgão principal de um sistema do corpo humano, no qual são plantadas ervas protetoras e curativas correspondentes.

“Por exemplo, no canteiro que representa o coração (sistema circulatório), planta-se o alecrim. No que representa o estômago (sistema digestório), planta-se o manjericão. O uso das ervas medicinais é reconhecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e a prática é regulamentado pelo Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF), integrante da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC)”, explica Gilberto Souto Caramão, coordenador da Enfermagem da SETREM.

Para a professora Lourdes Huppes, há um entendimento de que é preciso assistir o paciente em sua integralidade, conhecendo-o. “Esta interação possibilita ao enfermeiro ver e sentir a pessoa com um ser biopsicossocial, respeitando suas crenças, esclarecendo mitos e sugerindo a melhor terapêutica para suas necessidades”, explica Lourdes. “Com um olhar focado na promoção da saúde e na prevenção de doenças, podemos utilizar os dispositivos previstos na PNPIC e ensinar a comunidade a superar certos sinais e sintomas crônicos, assim como lhes estimular a usar as plantas medicinais que complementarão uma terapêutica farmacológica”, complementa Caramão.