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| Informações preliminares dão conta de que o motorista teria se perdido em uma curva, capotado e descido o barranco (Foto: Diogo Zanatta/Especial) |
Moradora de Tapejara, Erceli Renata Bandeira da Silva, 29 anos, desceu do ônibus que caiu em um barranco em Passo Fundo, no Norte, meia hora antes do acidente que matou quatro pessoas e feriu 33. Ela soube do caso quando parentes e amigos começaram a ligar para saber se ela estava ferida.
Sem informações, fez o marido a levar ao local do acidente, onde esperava ajudar os companheiros de viagem. Quando chegou, pouco antes das 11h, soube de uma notícia que a entristeceu. A guia turística da viagem, Maria Jurema Borges Vieira, 59 anos, que trocou
de lugar com ela durante o trajeto, morreu no local.
— Estava chovendo muito e tinha uma goteira no meu lugar. Aí a Jurema disse que eu poderia trocar com ela. Era uma pessoa muito querida e atenciosa, todos os passageiros adoravam ela.
Erceli começou a viajar ao Paraguai com a Turis Prata há dois anos e sempre costuma descer em um restaurante de Passo Fundo, onde os passageiros tomam café da manhã.
— Como a família do meu marido é de Passo Fundo, ele fica na mãe dele quando eu vou para o Paraguai. Quando eu chego, ele me busca no restaurante e vamos juntos a Tapejara.
No local do acidente, a passageira ficou impressionada com o estado em que o ônibus ficou e conversou com algumas pessoas que ajudaram no socorro:
— Falaram que eu nasci de novo. E é verdade — relatou ela, que trabalha na produção de uma empresa de alimentos.
