29 maio 2009

RS elabora protocolo para realização do Teste da Orelhinha

Fonoaudiólogas que compõem a Rede de Atenção à Saúde Auditiva SUS do Rio Grande do Sul e do Conselho Regional de Fonoaudiologia estiveram reunidas ontem (27), na Secretaria Estadual da Saúde (SES/RS), para elaborar o protocolo técnico da Triagem Auditiva Neonatal (TAN), popularmente conhecida como Teste da Orelhinha. A reunião foi coordenada pela fonoaudióloga do Departamento de Assistência Hospitalar e Ambulatorial (DAHA/SES-RS), Márcia Fabrício. A SES/RS está adquirindo 40 aparelhos de otoemissão acústica, que serão distribuídos a 40 hospitais do SUS no Estado. O investimento é de mais de R$ 700 mil.
Segundo Márcia, o critério utilizado na escolha dos locais para realizar a TAN será o de maior número de nascidos vivos no município. Hospitais que possuem UTI neonatal terão prioridade. Essas ações, de grande importância para a área de reabilitação auditiva no Estado, viabilizarão a oportunidade de oferecer aos gaúchos o diagnóstico precoce da surdez.
O protocolo TAN estará disponível pelos serviços da rede pública no segundo semestre deste ano. Trata-se de um instrumento único a ser utilizado em todo o Estado e que garantirá a qualidade dos procedimentos a serem realizados com os bebês.
A prevalência de surdez entre nascidos vivos, descrita na literatura, é de 1 a 3 bebês a cada mil; em bebês de UTI, a cada 100 nascidos, de 2 a 4 são acometidos de surdez. O número supera a prevalência da deficiência intelectual (mental), identificada pelo Teste do Pezinho.
O RS foi sede de pesquisa, realizada no município de Canoas em 2003, intitulada "Prevalência de surdez e outros transtornos da audição - resultados de um estudo de base populacional". O trabalho, de autoria de Beatriz Raymann, Jorge Béria e outros, mostra a prevalência de surdez de 6,8%.