18 junho 2009

Construção de uma ponte é vital para o Noroeste

Desde segunda-feira de manhã, os caminhoneiros Edemar Engers e Alfredo Rossignollo esperavam para cruzar a Fronteira da Argentina com o Brasil, em San Javier. Mas só na tarde de terça-feira aportaram no lado brasileiro, em Porto Xavier.
É que, além da demora nos trâmites normais de liberação de mercadoria, a balsa que faz a travessia entre os dois países no Rio Uruguai tem condições de levar cinco caminhões. E a fila de veículos na Argentina era grande em razão da safra da cebola. Havia 80 caminhões na frente de Engers e Rossignollo.
Porto Xavier é uma das cidades de Fronteira que reivindica uma ponte internacional, como as que existem em Uruguaiana e São Borja. Seu porto é o único do Noroeste alfandegado para exportação e importação. A construção de uma ponte no Noroeste foi uma das obras mais votadas na campanha 3 Projetos para o Rio Grande, de ZH.
Os custos aumentam com o tempo extra que precisam ficar no estacionamento de San Javier. Enquanto estão parados na aduana, perdem dinheiro deixando de ampliar o número de viagens. Atualmente, em média, buscam cebolas duas vezes por semana. Com a ponte, poderiam ser feitas seis viagens.
O argentino Carlos Svica estava com seu caminhão em San Javier desde domingo à tarde. Conseguiu cruzar a Fronteira somente dois dias depois. Cargas como a que ele transportava eram esperadas ansiosamente pelo empresário Sidinei dos Santos. Ele importou cebola do país vizinho e precisava levá-la com urgência até São Paulo. O cliente aguardava pela mercadoria desde segunda-feira.