Os preços agrícolas vão subir de 10% a 30% nos próximos dez anos na comparação com a média de 1997 a 2006, menos do que os 40% esperados anteriormente, em decorrência do menor crescimento econômico global.
Estudo da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) e da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) avalia que diminuíram os sinais de que os preços agrícolas se fixariam em um patamar mais alto permanentemente.
Até o agravamento da crise, em setembro, especialistas discutiam essa possibilidade por causa das perdas de safra devido a problemas climáticos em vários países, demanda em alta em mercados emergentes e maior competição por área para a produção de biocombustíveis.
Mesmo assim, o relatório indica alta das cotações de cereais na faixa de 10% a 20% até 2018 ante 1997-2006. Os preços de oleaginosas podem subir mais que 30%. O Brasil é um dos principais exportadores mundiais de soja.
Os dados de 2007 e 2008 foram descartados por causa dos valores extraordinariamente elevados nesses anos, o que dificultava as análises.
Os preços das carnes devem repetir a média dos últimos anos. Para leite e derivados, as cotações têm espaço para uma ligeira alta.
Com o "Financial Times" e o "New York Times"