01 junho 2009

Mercosul tem potencial para conquistar novos mercados de lácteos

A pecuária leiteira no MERCOSUL foi discutida nessa sexta-feira, 29/05, em congresso dentro da 24ª etapa do Fórum Permanente do Agronegócio, promovido pelo Sistema Farsul. O evento na casa da Farsul no parque Assis Brasil, em Esteio, reuniu palestrantes da Argentina, Uruguai e Brasil. No painel que discutiu a situação atual e perspectivas para o mercado do leite no MERCOSUL, o secretário da Sociedade Rural Argentina, Daniel Pelegrina, disse que a integração do bloco é muito importante, porque a região tem potencial agroclimático e uma população interna com capacidade para assimilar a produção leiteira do bloco. O diretor do site Milkpoint e da Rede Agripoint, Marcelo Pereira Carvalho, ressaltou o crescimento da produção láctea brasileira, que aumentou o volume equivalente a produção anual argentina nos últimos 10 anos. Para Marcelo Carvalho, o desafio do mercado é a recuperação dos preços num cenário que a demanda interna esta boa e a oferta reduzida, mas os preços externos estão deprimidos. Segundo ele, o potencial de crescimento da produção de lácteos no bloco é grande, tendo em vista que os investidores do exterior estão voltando a sua atenção para o MERCOSUL. O mediador do painel foi o presidente da Emater, Mário Nascimento. 
Ele ressaltou a necessidade que o bloco tenha políticas para a rastreabilidade e sanidade para que possa ter competitividade no mercado globalizado .
O painel sobre técnicas de reprodução e novas tecnologias no controle produtivo, teve como palestrante o uruguaio Daniel Cavestany, do Instituto Nacional de Investigação Agropecuária (INIA). Segundo ele, não há uma norma rígida na reprodução. Ele recomendou uma adequação entre o veterinário e o produtor, levando em conta a realidade de cada propriedade. Cavestany disse que a alimentação é um tema importante para o sucesso reprodutivo, principalmente para o parto. 
O presidente do Sindilat e do Conseleite, Carlos Feijó, falou sobre a capacidade industrial instalada frente ao mercado. Segundo ele, o maior interesse do Sindilat é promover a cadeia láctea como um todo, engajando o produtor, a indústria e o comércio, de maneira clara, principalmente nesse momento de entressafra e após uma estiagem prolongada. “ Nós queremos desfazer essa imagem de que a indústria é a detentora do poder e trabalhar no sentido de cadeia. E o conseleite veio para consolidar esses aspectos”, finalizou Feijó. 
O coordenador da Comissão do Leite da Farsul, Jorge Rodrigues, destacou o nível dos palestrantes e o enfoque de mercado nos países vizinhos e no mundo. “Quem participou do evento levou informações importantes para tomada de decisão”, ressaltou Jorge. Ele acrescentou a apresentação de novas tecnologias reprodutivas. 
No final do encontro, foi acordada a continuidade do debate com as indústrias com organização do Sistema Farsul em parceria com a Fetag, Emater e cooperativas.