01 junho 2009

Quem são as primeiras prendas

Vêm da Região Central do Estado as prendas que melhor representam as virtudes da mulher gaúcha.
No mais importante concurso do tipo, a 39ª Ciranda Cultural de Prendas, realizado neste fim de semana em Alvorada, Cristiane Greiwe Bortoluzzi, 19 anos, de Santa Maria, Andrissa Righi Seixas, 17 anos, de Vila Nova do Sul, e Lydia Moura Azevedo, 11 anos, de São Gabriel, ganharam as faixas de primeira prenda nas categorias adulta, juvenil e mirim, respectivamente.
– Enfim, foi o meu momento, Deus quis assim, e eu estou muito feliz – disse Cristiane, que se preparou para o concurso por um ano e meio.
Estudante de Direito, Cristiane também cursava Ciências Sociais antes de decidir que queria se tornar prenda estadual. Como não conseguiria se dedicar às duas faculdades e ao concurso ao mesmo tempo, decidiu abrir mão das Ciências Sociais. E agora, com a faixa no vestido, adiou ainda mais os estudos na área, que só devem ser retomados quando chegar a hora de entregar o título para a sucessora.
Antes de concorrer a melhor prenda do Estado, as candidatas passam por uma seleção rigorosa. Primeiro, precisam vencer uma disputa dentro de sua entidade de origem e, depois, na sua região tradicionalista. As etapas anteriores servem como uma espécie de treinamento. Na Ciranda Cultural de Prendas, as meninas precisam provar que conhecem a cultura, os costumes e a história do Rio Grande do Sul por meio de provas escritas, orais e artísticas. Os testes são realizados durante dois dias.
Ainda criança, a mais jovem das representantes eleitas conta que sonha com o título desde os seus quatro anos. Com apenas 11 anos, Lydia ensina como gente grande quem tem vontade de representar o Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG):
– Quem define não são apenas os jurados. É a dedicação de cada uma e também um pouco de sorte.