Manifestantes protestaram em frente à casa da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), na manhã desta quinta-feira (16), em Porto Alegre. O grupo, formado por sindicalistas e servidores, pediu o impeachment da governadora, que tem sido alvo de denúncias de corrupção no governo, como o suposto uso de caixa dois na campanha que a elegeu.
O protesto foi organizado CPERS, que representa os professores da rede estadual, e pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais.
Segundo a vereadora Fernanda Melchionna (PSOL), os manifestantes levaram uma réplica de escola de lata para protestar contra a qualidade do ensino público e marcar um contraste com a casa onde mora Yeda, cuja compra é alvo de suspeitas de ter sido feita com dinheiro de caixa dois.
Conforme a revista “Veja”, Carlos Crusius, ex-marido da governadora, teria recebido, logo após as eleições, a quantia de R$ 400 mil de duas empresas fabricantes de cigarro. O dinheiro teria sido utilizado no pagamento de contas pessoais do casal e na compra do imóvel. Ele disse "nunca ter visto" R$ 400 mil juntos.
A governadora, que tem negado as denúncias, criticou o fato de a manifestação ter ocorrido em frente à casa dela, e não, por exemplo, em frente ao Palácio Piratini. Ela se dirigiu aos manifestantes com cartazes que diziam que eles "torturam crianças".
Segundo o Batalhão de Operações Especiais, cinco pessoas foram conduzidas à delegacia por desobediência, resistência, depredação do patrimônio e tentativa de invasão.