15 julho 2009

Médicos britânicos anunciam cura de adolescente que vivia com dois corações

Médicos da Grã-Bretanha anunciaram a cura surpreendente de uma adolescente que, durante 11 anos, viveu com dois corações. Quando tinha apenas um ano, Hanna Clark passou por uma cirurgia de transplante de coração. Ela sofria de cardiomiopatia, doença que faz o coração dobrar de tamanho e parar de funcionar.
O que tornou esse caso inédito foi a decisão que os médicos britânicos tomaram durante a cirurgia, há 15 anos. Em vez de extrair o coração doente, eles decidiram deixá-lo na paciente, ''descansando'', bem ao lado do coração transplantado — que assumiu a tarefa de bombear o sangue.
Os médicos apostaram, que sem ter que trabalhar, o coração doente iria se recuperar. E foi exatamente isso o que aconteceu. Depois de mais de uma década, o coração transplantado foi retirado, e o original voltou a funcionar normalmente.
Para a medicina é uma grande conquista. Agora, já se sabe que a cardiomiopatia pode ter cura. Os cientistas já estão desenvolvendo um coração artificial para ser usado enquanto o órgão doente descansa. Até poder voltar a bater com força, como aconteceu com o coração de Hannah.
Nesta terça-feira, quatro anos depois da retirada do coração extra, a equipe médica deu alta definitiva à ex-doente.
Eles explicaram que, por muitos anos, Hannah viveu bem com os dois corações, mas começou a desenvolver problemas de saúde provocados pelos 17 remédios que ela tomava para evitar a rejeição do órgão transplantado. O jeito foi mesmo aposentar o coração doado.
"Nunca perdemos a esperança. Ganhamos nossa filha inteiramente de volta", disseram os pais.
Hannah, agora com 16 anos, diz que mal pode acreditar no resultado:
— Deu certo! Estou viva e livre do tratamento.
As informações são do Jornal Nacional.