29 setembro 2009

Tarde de Campo Culturas de Inverno aponta a qualidade do trigo na visão da Indústria

Aproximadamente 350 produtores rurais, estudantes e profissionais do setor, oriundos de toda a região, acompanharam nesta segunda-feira, dia 28, no auditório da SETREM, a Tarde de Campo Culturas de Inverno, promovido pela Cotrimaio, Setrem, Sicredi e Emater.
Na ocasião, os participantes assistiram palestras com as temáticas: “Manejo da Buva a partir dos Cultivos de Inverno – Manejo e Controle de Plantas Daninhas”, com o Eng. Agr. Dr. Mário Antônio Bianchi; e “Comportamento de Cultivares de Trigo”, abordado por pesquisadores da FUNDACEP, COODETEC e EMBRAPA.
Sem dúvida, o ponto alto da programação, foi a fala da Dra. em Qualidade Tecnológica – Cereais de Inverno, Eliana Maria Guarienti, que apresentou a qualidade do trigo na visão da Indústria. A doutora confirmou a crescente demanda em todos os segmentos do agronegócio trigo, alavancados pelos segmentos moageiro e de panificação, a indústria requer cultivares com aptidão tecnológica definida: trigos com qualidade específica para serem usados em fabricação de pães, bolachas e biscoitos. Para o atendimento deste grau de especificidade, segundo a doutora, a Embrapa tem realizado cruzamentos e selecionado cultivares que se aproximam, ao máximo, das características solicitadas pelos diversos segmentos de mercado.
Em se tratando de consumo, segundo a doutora, 70% da farinha de trigo consumida no Brasil, é destinada à fabricação de pães (55%) e massas (15%) e ultrapassa, em equivalente quantidade de trigo. Após estas considerações iniciais, parece claro existir a necessidade de melhorias no agronegócio Trigo, a começar pelo aumento da produção nacional.
A segregação de trigo por qualidade, consiste na separação, nas unidades armazenadoras, de lotes comerciais que apresentam características comuns. Como por exemplo, já vem sendo praticada por várias empresas, a separação de lotes de cultivares de trigo classificadas comercialmente como Brando, Pão e Melhorador.
Encerrou, proferindo como principal recomendação ao produtor os cuidados que deve-se ter para obter grãos com melhor qualidade. “Atualmente o mercado sinaliza para o refinamento de características de qualidade, como a cor da farinha e a dureza de grãos. Estas informações podem representar um diferencial a mais no trigo gaúcho, fazendo com que, este produto, seja mais competitivo no mercado nacional e internacional, tanto em termos quantitativos, quanto qualitativo”, destaca.