A Comissão Especial da Assembleia Legislativa que analisava o pedido de impeachment da governadora Yeda Crusius decidiu arquivar o processo, conforme recomendava o relatório da deputada Zilá Breitenbach (PSDB). Sem a presença da oposição, os deputados da base aliada aprovaram o parecer da relatora por 16 votos favoráveis e nenhum contrário.
A sessão foi marcada por discussões e bate-boca entre os deputados da base e os oposicionistas, que tentavam cancelar a reunião. Os parlamentares de oposição contestaram o fato de o deputado Carlos Gomes ter direito a voto, já que ele trocou o partido que o indicou, o PPS, pelo PRB, que não tinha representação na comissão. O presidente, Pedro Westphalen (PP), apresentou um parecer da procuradoria da Casa que dizia que Gomes estava apto a votar, representando o PPS.
Os oposicionistas, então, pediram uma reunião com o procurador, Fernando Ferreira, e a sessão foi interrompida por 20 minutos. Ao retomarem as discussões, novamente os deputados de oposição não aceitaram que Gomes pudesse votar o relatório e, após 40 minutos de bate-boca, se retiraram da sessão alegando desrespeito ao regimento da Casa. A relatora da comissão, Zilá Breitenbach (PSDB), procedeu, então, a leitura do relatório que recomendava o arquivamento do pedido de impeachment, sendo auxiliada por seu colega de partido Adilson Troca.
Após a leitura, Westphalen iniciou a votação, que foi rapidamente concluída. Sem a presença da oposição, os 16 deputados que estavam na comissão, todos da base aliada da governadora Yeda Crusius, aprovaram o relatório de Zilá. O documento será apreciado em Plenário, onde Yeda também tem maioria.