05 novembro 2009

Fórum de Nutrição Animal enfatiza o potencial leiteiro da região

Hoje, quinta-feira, dia 05, o CTG Tropeiros do Buricá, de Três de Maio, é palco de importante evento voltado ao setor leiteiro. Promovido pela SETREM, em parceria com a prefeitura municipal e as empresas Nutron e Nutrepampa, reúne lideranças, produtores rurais e profissionais renomados.
Dentre os presentes está o Médico Veterinário, César Aleixo, Especialista em Nutrição e Criação de Animais Jovens e Gerente do setor de lácteos da Nutron Alimentos, que veio especialmente de Minas Gerais onde reside, para palestrar no evento. “Esta região tem grande potencial para o setor leiteiro. Acredito, em razão das grandes mudanças políticas de produção no Brasil, onde alguns estados estão diminuindo a produção e outros aumentando, que nos próximos dez anos a região oeste e noroeste do Rio Grande do Sul, sudoeste do Paraná e oeste de Santa Catarina serão as maiores produtores de leite do país. Esta tendência pode ser confirmada com as instalações de grandes empresas no Estado.”
Aleixo enfatizou a importância da participação de todos os envolvidos com o ramo em eventos de qualificação, pois serão disseminadores da informação. A alimentação animal, tema do fórum, destacou o profissional, como base para uma boa produção leiteira e que hoje representa cerca de 70% dos custos da atividade. “Um dos maiores erros que o produtor comete, em todo o Brasil, é reduzir a qualidade da alimentação animal quando o preço de leite cai. A ação que num primeiro momento parece economia, no entanto refletirá na lactação do próximo ano.”
O veterinário garante que o investimento do produtor com ração balanceada compensará o preço do leite em razão do aumento de produção. Em sua palestra, destacou ainda a temática ‘Drench no pós parto’. Trata-se de uma substância energética com função hidratante, pois no parto a vaca perde cerca de 70 litros de água. “O animal neste período está geralmente fragilizado. Cerca de uma semana antes de parir para de comer normalmente. E a substância ao entrar na corrente sanguínea faz com que retome a alimentação”.
A única dificuldade está em fazer a vaca beber a dose única que é misturada a água. Na maioria dos casos é necessário colocar uma sonda até o estomago do animal. “A ação deve ser efetuada por um profissional, a fim de evitar que o líquido vá para o pulmão.”, conclui. A dose desta substância custa em média, R$ 25.