A menos de um ano das eleições gerais, em outubro de 2010, o PT acelera o passo na escolha de quem estará na liderança do partido no ano que vem. A sigla escolhe neste domingo os novos presidentes nacional, estaduais e municipais. O pleito, que costuma ser promovido em dezembro, foi adiantado este ano para novembro.
A mudança da data tem como objetivo acelerar a articulação de alianças regionais, uma vez que, sem a definição dos novos caciques petistas, as negociações com vistas a 2010 ficam truncadas. Para facilitar os acordos, cogitou-se inclusive antecipar as eleições para outubro. A proposta foi feita em setembro por uma das correntes internas do partido. Nos lugares onde houver segundo turno, a eleição será no dia 6 de dezembro.
Há desafios em comum para os futuros dirigentes do PT nacional e estadual. No nacional, a tarefa número um será driblar as resistências internas e externas e construir um palanque forte para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, candidata à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva. O objetivo maior é fazer com que a ministra possa contar com o PMDB ao seu lado. Ainda que a cúpula do partido tenha firmado um pré-acordo, o próximo comandante terá como desafio manter o aliado coeso em favor da candidatura de Dilma.
Em Três de Maio, o ex-secretário da Administração Copatti, Ivan Golim (foto), é candidato único, e deverá ser o novo comandante do Partido dos Trabalhadores no munícipio.
Aliança com trabalhistas é meta do PT estadual
No caso do PT gaúcho, o futuro presidente terá uma missão mais árdua. Descartada a possibilidade de contar com o PMDB a seu lado, ficará nas mãos do sucessor de Olívio Dutra atrair outros parceiros para o palanque do ministro da Justiça, Tarso Genro, candidato ao Piratini. Alvos preferenciais formam o núcleo trabalhista: o PDT e o PTB.