Cobiçado por PT e PMDB como aliado na corrida pelo Piratini, o PSB deve definir hoje o apoio ao petista Tarso Genro. A tendência é admitida por parlamentares e dirigentes da sigla, que apontam a escolha com um caminho natural, já que os partidos estiveram juntos no segundo turno nas duas últimas eleições e na coligação vencedora em 1998.
O deputado estadual Heitor Schuch (PSB) afirma que a tendência de adesão à chapa petista confirma a preferência da maioria no partido, além de alinhar a coligação local ao cenário nacional.
–A primeira questão é a resolução nacional do partido de apoiar Dilma Rousseff. Isso é o que mais pesa – afirma Schuch.
Marcado para hoje, o encontro dos principais líderes socialistas encerra a disputa que cresceu com a confirmação, na semana passada, da desistência de Beto Albuquerque de concorrer ao governo.
Sem candidatura própria, o PSB ganhou força como alvo dos peemedebistas que coordenam a campanha de José Fogaça. O PMDB enxergou uma brecha para se aproximar por conta das frequentes queixas de falta de reconhecimento do PT em relação aos seus aliados. A última cartada foi dada no sábado, em um encontro da executiva do PSB com os presidentes estaduais do PDT, Romildo Bolzan Jr., e do PMDB, o senador Pedro Simon, além do deputado Mendes Ribeiro Filho, coordenador da campanha.
– Só procuramos o PSB porque vimos a fresta na porta. O PSB está dividido – afirma Mendes.
Se confirmado, o aval do PSB tira o PT do isolamento e garante a Tarso mais um minuto e 10 segundos no horário eleitoral obrigatório na TV, mas impõe aos petistas o desafio de aparar arestas na relação entre as duas agremiações.
– O PT não trata bem os aliados sempre que governa. O PT tem de amadurecer e dividir melhor os espaços – adverte o deputado estadual Miki Breier.