A arquitetura da paisagem projetada no pavilhão do parque de Exposições Rudolfo Goldhardt pelo paisagista Anatálio dos Santos Gonçalves combinada com objetos recolhidos de propriedades rurais pela dirigente cultural Márcia Barcelos encantaram as 250 pessoas que participaram, na última sexta-feira (9/7), do lançamento da 3a Feira da Agroindústria Colonial (Fecolônia), que será realizada de 13 a 15 de agosto e é promovida pela Emater/RS-Ascar e prefeituras de Panambi, Condor e Pejuçara. "Eu procuro conhecer e respeitar a cultura do povo", contou Anatálio, que há três meses deixou a região metropolitana de Porto Alegre para trabalhar junto a prefeitura de Condor.
Neto de coreanos e italianos, Anatálio também tem sangue índio correndo nas veias. O seu apego a terra, a busca do equilíbrio espiritual e a criatividade, frutos da combinação étnica, se revelaram no trabalho que ele coordenou. Uma carroça cheia de bromélias gigantes ganhou a companhia do coqueiro jerivá. A jabuticaba, a cana-de-açúçar, os podocarpos, as dracenas, as orquídeas de chão brilharam com as luzes direcionadas para eles. A soja e o milho, grãos que alimentam a economia da região Noroeste, preencheram as pipas de madeira, alusão ao vinho colonial, que sustentavam a mesa destinada às lideranças políticas.
Na mesma sintonia, Márcia se valeu das massas em forma de espaguete, ninho e cabelo de anjo para reverenciar a cultura italiana do município em que ela trabalha, Pejuçara, e das flores, para exaltar a cultura alemã, marcante em Condor e Panambi.
A combinação de esforços e talentos de toda a equipe que trabalha para dar vida à Fecolônia deverá encantar ainda mais pessoas, em agosto, quando o Parque Rudolfo Goldhardt estará aberto ao público, que não precisará pagar ingresso para apreciar a feira.