A Polícia Federal (PF) de Santa Maria deflagrou, na manhã desta terça-feira, uma operação de combate ao tráfico de drogas. O objetivo da Operação Rio Branco era desarticular um grupo de traficantes de Santa Maria, na Região Central, que agia com outros criminosos de Porto Alegre, Carazinho, Caçapava do Sul, Cruz Alta, Nova Hartz, Parobé, Novo Hamburgo, Sapiranga, Ijuí e Foz do Iguaçu (PR) e São José (SC).
A ação, apoiada pelas polícias Militar, Civil e Rodoviária Federal, tinha o objetivo de cumprir, nesta manhã, 45 mandados de prisão e 46 mandados de busca e apreensão. Durante a tarde, será divulgado um balanço de prisões e apreensões. Pelo menos 40 pessoas já teriam sido presas, 17 delas somente em Santa Maria.
A investigação começou em agosto de 2009 e é conduzida pela delegacia de PF em Santa Maria. A Operação foi batizada de Rio Branco porque esse é nome da avenida em que se localizava o camelódromo de Santa Maria, onde três dos suspeitos, considerados os líderes da quadrilha, tinham bancas.
Durante a investigação sigilosa, foram presos 21 suspeitos — 16 deles por tráfico de drogas, dois por posse ilegal de armas e três por cumprimento de mandado de busca e apreensão. Não estão contababilizadas as prisões feitas nesta terça-feira. A PF já apreendeu 146,8 kg de cocaína, sob a forma de pó, pasta base e crack.
Segundo o delegado Diogo Caneda dos Santos, que coordenou a operação, a ação deflagrada às 7h desta terça-feira cumpriu 17 mandados de prisão em Santa Maria e três em Caçapava do Sul. Também foram realizadas prisões em outras 11 cidades do Rio Grande do Sul, em São José (SC) e Foz do Iguaçu (PR)
A próxima fase da operação será ouvir os presos para investigar como funcionava o esquema de abastecimento do tráfico e a participação de outras pessoas. A PF já sabe que a droga entrava no país por Foz do Iguaçu e era distribuída em Carazinho, Cruz Alta e Porto Alegre. A partir desses municípios, os entorpecentes chegavam em Santa Maria e Caçapava do Sul.
Droga apreendida renderia mais de um milhão de pedras de crack
Conforme a PF, cada quilograma de pasta base de cocaína rende três quilogramas de crack, dependendo do processo utilizado na fabricação da droga. Calculando-se que, a partir de cada grama de crack são confeccionados, em média, cinco pedras, a apreensão de 108 kg de cocaína sob a forma de pasta base, evitou a confecção de mais de um milhão de pedras de crack.