Com dedicação e paciência Luiz Elgar Hepp, 58 anos, prepara a égua Itai. Em breve, os dois vão percorrer mais de 700 quilômetros para levar até Erechim, no norte do Estado, uma centelha da Chama Crioula que será acesa amanhã, Itaqui, na Fronteira Oeste.
A façanha realizada por centenas de cavaleiros é o presente de aniversário de Hepp, que dia 31 faz 59 anos.
Assim como ele, gaúchos de todo o Estado percorrerão quilômetros para manter acesa a chama farroupilha.
Claudiomir Ferri, 40 anos, presidente da Associação Gaúcha Estanciense, é outro exemplo. Ele integra a comitiva que cruzará cerca de 800 quilômetros levando a centelha de Itaqui até Estância Velha, no Vale do Sinos.
Neste ano a chama acesa em Itaqui será formada por três centelhas. Uma irá atravessar o Rio Uruguai, representando os vizinhos argentinos e outra vem das Missões, lembrando o povo indígena. No cais do porto do município, às 10h, elas serão unidas a terceira centelha, de uma chama acesa há mais de 30 anos na Fazenda Itu.
A escolha do município onde é feita a cerimônia de acendimento da chama principal, de onde saem as fagulhas que serão carregadas por todo o Estado por cerca de 600 cavaleiros, é feita por votação pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG), entre as cidades que se oferecem para sediar o evento.
