No último final de semana, a Associação Mantenedora Pandorga, de São Leopoldo/RS, oportunizou no auditório do Campus SETREM, importante seminário sobre autismo. O evento reuniu mais de 100 profissionais da área da saúde, educação e assistência social de toda a região.
O objetivo, segundo Nelson Kirst (fundador da entidade ao lado da mulher, Heide) é socializar conhecimentos a cerca desta doença ainda pouco conhecida. “É preciso perceber o autismo na sociedade. Estima-se que 0,7% e 1% da população brasileira seja autista. Em Três de Maio este número deve chegar a 170 pessoas. Onde elas estão? Como estão vivendo? Esta é a nossa grande preocupação.”
O primeiro passo para melhoria da qualidade de vida destes é o diagnostico da doença. Segundo Fernando Gustavo Stelzer, médico e mestre em Neurologia pela Universidade de São Paulo (USP), a família deve procurar um profissional experiente, pois a doença pode ser confundida com outros distúrbios. “Percebemos muito desconhecimento com relação à doença, não só por parte da população em geral, mas também dos profissionais da área da saúde e da educação. É preciso dizer às famílias que mesmo que o autista tenha suas capacidades bastante comprometidas ou limitadas, sempre há algo a ser melhorado. Não é preciso esconder o filho dentro de casa, devem procurar ajuda”, conclui. O trabalho da associação é completamente beneficente e voluntário.