O médico ginecologista Clóvis Madruga, 61 anos, foi encontrado morto por volta das 10h desta terça-feira, em Porto Alegre. Ele estava dentro de um Palio, na rua Veronese, bairro São Sebastião. O corpo tinha marcas de disparos de arma de fogo. Segundo o delegado de homicídios Bolívar Llantada, a vítima havia sido indiciada por atuar em uma clínica de aborto. "Ele foi preso em flagrante." Ainda não há informações sobre as motivações do crime, mas a suspeita da polícia é de que tenha sido uma execução, pois nada foi roubado do carro ou da vítima.
Em junho de 2008, o médico e duas funcionárias foram presos após uma força-tarefa da Promotoria Especializada Criminal estourar uma clínica de aborto clandestina instalada na rua Doutor Flores, no Centro da Capital. Uma mulher de 44 anos, que estava sedada por estar no meio de um procedimento, foi levada sob custódia para o Hospital Presidente Vargas.
Os agentes cumpriram mandado de busca e apreensão após duas semanas de apurações desencadeadas depois de uma denúncia anônima. Segundo o Ministério Público, quando entraram na clínica, o médico estava numa sala e a paciente em outra. O médico teria tentado pagar propina para evitar a prisão.