Argentinos se despedem de Néstor |
Ministros e autoridades do primeiro escalão do governo argentino juntaram-se às milhares de pessoas que se reuniram na Praza de Mayo, em frente a sede do governo argentino, a Casa Rosada, na noite desta quarta-feira, para prestar homenagem póstuma ao ex-presidente Néstor Kirchner e dar apoio à sua mulher, a presidente Cristina Kirchner.
Dirigentes dos vários partidos oficialistas e de oposição, além de militantes que levam bandeiras e faixas identificando suas agremiações, também se concentram no local. A Confederação Geral do Trabalho (CGT) convocou para meio-dia desta quinta uma nova manifestação na Praça de Maio.
Na tarde desta quarta, o presidente da CGT, Hugo Moyano, disse que a central sindical acompanhará as ações do governo de Cristina Kirchner para que ela continue aprofundando o modelo econômico da Argentina: "Conhecemos sua capacidade e experiência".
Moyano é um dos principais aliados do governo. Além de presidir a CGT, ele acumula a presidência do Partido Justicialista da província de Buenos Aires, cargo que conquistou no mês passado com o apoio de Néstor Kirchner, que era presidente nacional do Partido Justicialista, além de deputado e secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul).
O governo argentino não confirmou se o corpo de Kirchner será levado ainda durante a noite da cidade de El Calafate, onde o ex-presidente morreu, até Buenos Aires, para o velório na Casa Rosada, marcado para as 10h de amanhã. Um dos aviões da presidência argentina, conhecido como Tango, permanece estacionado no aeroporto de El Calafate, pronto para voar até a capital a qualquer momento.
Na sexta-feira, o corpo de Néstor Kirchner será enterrado em Rio Gallegos, sua cidade natal, onde ele começou a carreira política que o levou à Presidência em 2003. O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, foi uma das autoridades que confirmaram presença no enterro.