Substância encontrada no alimento pode, ainda, prevenir o câncer de mama |
Um novo estudo vai testar a eficácia da soja no combate à dor crônica. Dirigido pelo médico israelense Yoram Shir, diretor do McGill University Health Center, de Montreal (Canadá), a pesquisa será feita com um grupo de 220 mulheres com câncer de mama. A soja (em forma de proteína em pó e óleo) é uma das várias substâncias alimentares que já se provaram eficazes na diminuição da dor pós-cirúrgica em animais de laboratório.
Pacientes com câncer de mama foram escolhidos para este estudo principalmente porque, após a cirurgia de mastectomia, entre 10% e 50% das mulheres sofrem de dores crônicas. Das pacientes em teste, metade receberá um produto com proteína em pó de soja para substituir 50% do seu consumo diário de proteína normal duas semanas antes da cirurgia. A outra metade receberá um produto de proteína de leite. Nenhum grupo vai saber que produto estará recebendo.
Graduado pela Escola de Medicina de Universidade Hebraica de Jerusalém, Shir trabalhou no Centro Médico Hadassah, desenvolvendo uma pesquisa sobre a dor crônica em ratos com lesões dos nervos. Ele ficou particularmente intrigado com a constatação de que a proteína de soja dada aos ratos antes da lesão era muito mais eficaz na redução da dor do que se fosse ministrada depois.
— A dor crônica pode ser comparada ao câncer porque não é unidimensional e não pode ser tratada como se tivesse uma única causa — diz o especialista.
A soja já é conhecida como um aliado no combate ao câncer. Pesquisas recentes mostram que ela tem um efeito protetor significativo contra o câncer de mama, bem como na prevenção da sua reincidência. Isto pode ser devido ao seu componente fitoestrógeno que limita o hormônio que alimenta o câncer. Constatou-se também que a soja pode ter um efeito preventivo para o câncer de próstata.