Tarso e o vice, Beto Grill (ao fundo) já discutem cargos com PDT Foto:Caco Argemi, Divulgação |
No dia em que o PDT foi formalmente convidado a integrar o governo Tarso Genro (PT), nomes do partido para compor o secretariado já começaram a surgir. O deputado estadual Gerson Burmann (PDT) será indicado pela bancada pedetista para assumir um dos cargos de primeiro escalão.
Em encontro ontem à tarde na sede do PDT gaúcho, Tarso expressou a dirigentes e parlamentares trabalhistas sua intenção de que a legenda participe da “direção do governo”. O partido prometeu ao governador eleito uma resposta no próximo dia 22, quando o diretório da sigla se reunirá para bater o martelo. Mas líderes do PDT reconhecem que o ingresso no Piratini é certo.
— Pelo visto, não haverá nenhum posicionamento contrário. Acho que o convite já foi aceito — adiantou o deputado estadual Giovani Cherini (PDT), presidente da Assembleia Legislativa, que se elegeu deputado federal.
Tarso deixou o PDT à vontade para escolher quais secretarias, entre as 12 ainda disponíveis, gostaria de ocupar. Cherini já abriu o debate:
— Eu reivindicaria as secretarias da Saúde, da Agricultura, da Administração e dos Esportes. Dentro desses quadros, o PDT pode qualificar o governo.
Burmann, que deve entrar no primeiro escalão, seria um nome aceitável para a Administração. Também cresce internamente o nome de Afonso Motta (PDT), que ficou na suplência para a Câmara dos Deputados, para comandar a pasta da Agricultura ou do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo.
Cotado para a Saúde, o deputado estadual Ciro Simoni estaria mais interessado, segundo um dirigente pedetista, em assumir a presidência da Assembleia Legislativa durante um dos quatro anos da próxima legislatura. Tarso se mostrou inclinado a topar exigências:
— Terei um certo resguardo na formação do governo, para que os espaços do PDT sejam nobres.
Prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT) solicitou, durante a reunião, que a discussão sobre o PT apoiá-lo na tentativa de eleger-se em 2012 seja retirada das negociações. Segundo ele, impor esta condição para apoiar Tarso seria “um obstáculo para que o debate sobre o governo estadual ocorra com tranquilidade”.
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