05 janeiro 2011

Tarso pede revisão de decretos de Yeda

Pestana admite que incentivos podem ser
revistos pelo governo 
Uma das últimas ações de Yeda Crusius (PSDB) como governadora está ampliando a lista de tarefas do secretário da Fazenda, Odir Tonollier, além de ter irritado, mais uma vez, a cúpula da gestão de Tarso Genro (PT). No Diário Oficial do Estado do dia 31 de dezembro de 2010, Yeda concedeu, via decreto, uma série de isenções fiscais para 33 empresas, a maioria delas do interior do Estado.
Do total de decretos, 27 são do programa Fundopem-Integrar, sendo que 16 são novas concessões de isenções e 11 são extensões dos benefícios. Outros dois incentivos fiscais foram concedidos a empresas através do Pró-Inovação, um pelo Proed e três pelo Fundopem. Logo que tomou conhecimento do derradeiro ato da tucana, Tarso determinou que Tonollier fizesse um levantamento completo sobre o volume dos benefícios fiscais concedidos e a consequente renúncia fiscal que eles irão causar mensalmente. O impacto é desconhecido.
"Essa situação está em análise a pedido do governador. Ainda em janeiro vamos decidir o encaminhamento", afirmou o chefe da Casa Civil, Carlos Pestana, ressaltando que o Piratini poderá optar por cortar os benefícios ou mantê-los. Aliados de Tarso veem na iniciativa uma "jogada política" de Yeda. Eles dizem isso porque os incentivos fiscais só serão efetivamente concedidos após a assinatura do Termo de Ajuste entre o governo e os empresários, em caso de novas concessões, e o Termo Aditivo, quando se tratar de extensões dos benefícios. "A Yeda apenas assinou o decreto. Agora, a notícia ruim fica para o governo Tarso, que terá que dizer não aos empresários", reclamou um petista.