11 fevereiro 2011

Governador apresenta ao BB e CEF projeto que cria fundo de participação no capital de empresas

Governador recebeu visita dos diretores
do Banco do Brasil e Caixa Econômica
Federal
O Governo gaúcho está estruturando dois projetos considerados vitais para o crescimento do Estado. A criação de um fundo de participação no capital das empresas estratégicas para a economia do Rio Grande do Sul (que estejam instaladas ou que venham para o território gaúcho) e a Rede RS de Microcrédito. As proposições, que contam com a participação da Caixa-RS, Caixa Econômica Federal (CEF), Banco do Brasil (BB), Banrisul e BRDE, foram apresentadas pelo governador Tarso Genro, aos diretores do BB e CEF, na tarde desta sexta-feira (11), em reuniões distintas, no Palácio Piratini, em Porto Alegre. 
"Buscamos alternativas para o desenvolvimento do Estado com a geração de emprego e renda", destacou o chefe do Executivo. Tarso disse aos representantes das instituições que o fundo tem como finalidade atender setores considerados estratégicos e vitais para o Rio Grande do Sul. Ele lembrou que, quando prefeito de Porto Alegre, em 1996, foi criado o PortoSol Crédito, uma instituição comunitária que fornece crédito com pouca burocracia, rapidez e taxas acessíveis aos pequenos empresários, registrados ou não.
O diretor do Banco do Brasil, Paulo Roberto Lopes Ricci, que esteve acompanhando pelo superintendente Regional do Banco, José Carlos Reis da Silva, além de outros executivos, elogiou os dois projetos e colocou a instituição à disposição do Estado. "Somos parceiros em projetos conjuntos com os governos e acredito que estas proposições têm chance de êxito", disse. O mesmo entusiasmo foi demonstrado pela vice-presidente de Tecnologia da Informação da Caixa Econômica Federal (CEF), Clarice Coppetti, que esteve acompanhada pelo superintendente Regional da CEF, Valdemir Cola, e por diretores da instituição no RS.
Projeto inédito e ousado
O presidente da CaixaRS, Marcelo Lopes, explicou que o fundo, em fase de elaboração avançada, disponibilizará recursos para o capital das empresas, com o Governo entrando como acionista. "Trata-se de um projeto inédito e ousado que fará a diferença no processo de atração de novos empreendimentos para o território gaúcho, bem como possibilitará investimentos daquelas consideradas estratégicas e que já atuam no Estado", salientou.
Já a rede RS de Microcrédito deverá atender setores que encontram dificuldades de acesso ao crédito, com condições diferenciadas, como cooperativas e agricultura familiar. O desafio foi proposto por Tarso ao secretário de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Mauro Knijnik; ao futuro presidente do Banrisul, Túlio Zanin e ao presidente da CaixaRS, Marcelo Lopes, que juntos com o secretário de Habitação e Saneamento, Marcel Frison; Gabinete dos Prefeitos e Relações Federativas, Afonso Motta, e Administração e dos Recursos Humanos, Stela Farias, participaram dos encontros. 
CEF deverá destinar R$ 7 bi em moradias para o RS em 2011 
A vice-presidente da CEF, Clarice Coppetti, destacou que a Instituição deverá investir mais de R$ 7 bilhões no setor imobiliário gaúcho, em 2011, o que representa um aumento de 25%, em relação ao período anterior. Ela destacou, ainda, que técnicos do Banco já estão em contato com a Brigada Militar (BM) para divulgar os programas habitacionais, principalmente o Minha Casa Minha Vida, financiados com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), e estudar projetos em áreas pertencentes à Corporação.
"Temos recursos suficientes para atender a demanda habitacional no Estado, principalmente aos servidores da segurança, através do Pronasci", salientou. O superintendente Regional da CEF, Valdemir Cola, destacou que o maior problema enfrentado para os projetos é o custo da terra e que a BM tem várias áreas que poderiam ser utilizadas. 
O secretário de Habitação e Saneamento, Marcel Frison, disse que está desenvolvendo um trabalho em conjunto com a Secretaria da Administração e dos Recursos Humanos para a criação de um Banco de Terras, onde estarão reunidos imóveis pertencentes ao Estado e que seriam utilizados em projetos habitacionais. "Uma vez identificadas as áreas, vamos visitá-las e escolher umas 50 a 60 que sejam ideais e junto com a CEF e prefeituras, desenvolver projetos habitacionais", disse Frison, que projeta produzir entre 30 a 40 mil unidades habitacionais em quatro anos. A Caixa Federal também sinalizou no encontro que poderá utilizar recursos do FGTS na Corsan, para dinamizar economicamente a empresa. 
Banco do Brasil teve investimento fixo de R$ 29 bilhões no RS 
O diretor do Banco do Brasil, Paulo Ricci, disse ao governador que a instituição tem um investimento fixo de R$ 29 bilhões, sendo que destes, R$ 12,6 bilhões são do agronegócio. Além disso, são contabilizadas 200 mil operações de Pronaf e 60 mil, de crédito dos demais produtores. Ele ressaltou que a carteira de pessoa jurídica conta com R$ 4,3 bilhões. "Queremos ampliar as operações no Estado e pretendemos ser parceiros do Governo", enfatizou o diretor.