13 fevereiro 2011

Mãe das gêmeas desaparecidas espera que as filhas estejam vivas

Livia e Alessia estão desaparecidas há 13 dias
A mãe das gêmeas suíças desaparecidas há 13 dias ainda tem esperanças de voltar a ver as filhas, apesar de se sentir desesperada com a situação, segundo entrevista concedida em um lugar secreto, onde se encontra desde que deixou casa na Suíça por questões de segurança. 
— Estou arrasada, desesperada, mas tenho que continuar sendo forte. Farei tudo que for necessário para encontrar Lívia e Alessia ou pelo menos descobrir a verdade a fundo — declarou Irina Lucidi à agência italiana Ansa. 
Na véspera, Irina, de nacionalidade italiana, pediu à polícia que não desistisse de continuar procurando suas filhas, apesar da carta deixada por seu ex-marido.
Matthias Schepp, o pai das gêmeas, confessou tê-las matado, em uma carta datada em 3 de fevereiro e enviada à mãe das meninas, onde também anunciava que pretendia suicidar-se, conforme indicou nesta sexta-feira a polícia suíça. A polícia descreveu Schepp como uma "pessoa desesperada". O pai das gêmeas matou-se na noite de 3 de fevereiro, atirando-se na linha do trem na estação de Cerignola. 
— Os investigadores da polícia suíça foram informados na terça-feira, 8 de fevereiro, que o pai das gêmeas enviou oito cartas de Bari à sua mulher, segundo os correios —declarou o porta-voz da polícia do cantão de Vaud, Jean-Christophe Sauterel. 
Sete das cartas despachadas por ele também continham dinheiro, num total de 4,400 euros. 
— O último envelope, com data de quinta-feira, 3 de fevereiro, continha uma carta na qual o pai declara ter matado as duas filhas e revelando que está em Cerignola, onde pretendia se matar — indicou Sauterel.
As operações de busca das crianças já duram 13 dias. As buscas concentram-se na região noroeste da ilha francesa, onde o pai das meninas ficou hospedado. As polícias da Suíça, França e Itália estão mobilizadas na macabra procura pelas irmãs, cujo desaparecimento foi denunciado depois que Matthias Schepp não retornou para a Suíça com as filhas em 30 de janeiro. Ele se matou quatro dias depois. 
A atitude de desespero seria uma reação ao pedido de separação da mulher, Irina Lucidi, e à disputa pela guarda das filhas do casal. Na quinta-feira, os investigadores revelaram que, após examinar o computador de Schepp, descobriram que ele havia consultado diversos sites sobre suicídio, envenenamento e armas de fogo. Nenhuma arma foi encontrada em sua casa. 
A família de Irina diz que Shcepp, de 43 anos, sofria de esquizofrenia. O jornal suíço 24 Heures informou que ele estava recebendo tratamento psiquiátrico, mas não havia sinais de que representasse uma ameaça às filhas - ao contrário, era descrito como um pai amoroso e dedicado.