05 fevereiro 2011

Protesto contra homeopatia vira bate-boca

Protesto contra homeopatia vira bate-boca
Grupos contrários e favoráveis ao uso da homeopatia estiveram frente a frente neste sábado, em Porto Alegre. O local escolhido para o protesto dos céticos à prática, previsto para ocorrer em três capitais brasileiras e outras 57 cidades de todo o mundo, foi a Casa de Cultura Mário Quintana. Por lá, também apareceram os adeptos da homeopatia. O bate-boca tomou conta da manifestação, acompanhada de perto por policiais militares. 
Os ativistas contrários ao uso da homeopatia, liderados pelo presidente da Liga Humanista Secular do Brasil (Lihs), biólogo Eli Vieira, tomaram grandes doses homeopáticas com o objetivo de mostrar a ineficária do método. 
Com uma cópia de um estudo publicado em 2005 pela revista científica The Lancet, que concluiu que os remédios homeopáticos não funcionam mais do que placebos, Vieira criticou a prática. “A medicina moderna é baseada em evidências científicas. Enquanto que a homeopatia não sustenta suas alegações e não tem efeito algum”, dizia Eli, sob protestos do outros grupo, formado por pessoas favoráveis ao uso dos remédios homeopáticos.
Desse lado, estava a médica homeopata Zeli Fróes, de 60 anos. “A homeopatia é uma especialidade médica reconhecida no Brasil, sendo rigorosamente estabelecidos seu uso e medicação. Não tem contraprova o que ele tomou. Está criando polêmica para aparecer”, criticou ela, se referindo à segunda vez em que Vieira tomou o complexo homeopático Almeida Prado 35. 
Zeli questionou a medicação usada pelos céticos, cujo rótulo do frasco estava riscado. “Não sabemos quem manipulou esse remédio ou como foi feito. Eli explicou que a medicação se tratava de um preparado para a gripe. “Esse foi o medicamento mais forte que tomamos hoje. Homeopatia é pura água”, criticou ele.