04 abril 2011

Corpos estão entre novos destroços de avião da Air France

Corpos estão entre novos destroços de 
avião da Air France. Veja mais fotos 
Crédito: Alexandre Severo / AFP / CP
A rede BBC noticiou, nesta segunda-feira, que foram encontrados corpos dos passageiros do voo 447 da Air France dentro de parte da fuselagem localizada nesse domingo.  A aeronave caiu durante um voo entre Rio de Janeiro e Paris, em 1º de junho de 2009. O acidente aéreo  provocou a morte de 228 pessoas.
A divulgação foi feita pela ministra francesa dos Transportes, Nathalie Kosciusko-Morizet. Segundo ela, os corpos  poderiam vir a ser identificados. De acordo com o ministro dos Transportes da França, Thierry Mariani, a caixa-preta, porém, ainda não foi achada. Em entrevista à rádio France-Info, o ministro não deu detalhes sobre o número de corpos e suas identidades. Segundo ele, mais informações serão divulgadas somente aos familiares. "Esta quarta campanha de buscas nos permitiu localizar motores, equipamento de pouso e partes da asa. É um sinal muito positivo, porque finalmente nós seremos capazes, talvez, de descobrir a verdade", afirmou Mariani.
O avião desapareceu dos radares na noite de 31 de maio de 2009 (pelo horário brasileiro). Na primeira fase de buscas foram localizados 50 corpos, junto com mais de 600 pedaços do avião. Desde então, não haviam sido localizados mais corpos nem destroços. A causa exata do acidente também nunca foi esclarecida. Analistas alertam que, sem os registros do voo, a causa da queda pode continuar incerta.
Destroços
Os destroços foram encontrados a cerca de 4 mil metros de profundidade, segundo Martine Del Bono, porta-voz da agência de investigação de acidentes aéreos da França (BEA, na sigla em francês). Segundo ele, a descoberta foi feita por robôs submarinos da equipe de buscas do navio Alucia.
Bono acrescentou que espera encontrar as caixas-pretas nas "próximas semanas". No entanto, mesmo que elas sejam encontradas, não é possível afirmar que elas estejam em condições de uso, já que passaram dois anos submersas.
A Air France e Airbus financiam as novas buscas, iniciadas no mês passado e com um custo estimado de US$ 12,5 milhões. Cerca de US$ 28 milhões já foram gastos nas três rodadas anteriores de buscas. A busca abrange uma área de 10 mil quilômetros quadrados. As duas companhias são alvo de acusações preliminares da justiça francesa devido ao acidente. As informações são da Associated Press
Achados podem mudar rumos da investigações
Até o momento, o Escritório de Investigações e Análises (BEA) considera que a falha das sondas de velocidade era um dos elementos que explicam o acidente, mas que esta pode não ser a única causa da catástrofe. As sondas chamadas de Pitot, fabricadas pela francesa Thales, tinham problemas de congelamento em altas altitudes, que as tornavam inoperantes.
Os destroços – partes da asa e o motor – foram encontradas por submarinos de cerca de quatro metros de comprimento. Após indicarem a presença dos objetos, o equipamento realizou um segundo mergulho, desta vez com uma câmera para a confirmação.
O BEA iniciou no dia 25 de março uma quarta fase de buscas no mar para encontrar os destroços. A nova fase de buscas foi iniciada em uma zona de 10 mil quilômetros quadrados – o que equivale a um raio de 75 quilômetros em torno da última posição conhecida do voo AF 447.