Momentos como a hora do planejamento das férias são ótimas oportunidades para falar sobre o assunto com as crianças Foto:Claudia Baartsch / Agencia RBS |
Até que ponto os pais devem envolver as crianças quando o assunto é dinheiro? E quando a fase exige uma contenção de gastos? Os filhos devem ser informados sobre a situação ou não precisam ser envolvidos no problema? Para o educador financeiro Álvaro Modernell, os pais não devem esconder as dificuldades dos filhos.
— É um erro grave manter um padrão de vida incompatível com a realidade. Não se deve fazer isso apenas para agradar os filhos. Isso agrava a situação e, quando o orçamento ficar ainda mais apertado, o corte nas despesas precisará ser mais radical e a criança sofrerá mais, inclusive por ter sido surpreendida — afirma.
De acordo com Modernell, é importante fazer os pequenos participarem das reduções de gastos.
— Quando eles veem que todos estão se esforçando, também se mobilizam — diz o autor dos livros de educação financeira para os pequenos "Zequinha e a porquinha Poupança" e "O poço dos desejos".
Por tudo isso, é fundamental inserir os conceitos de educação financeira o quanto antes nas crianças.
— A partir dos cinco anos, elas estão mais receptivas ao assunto, pois é quando começam a querer comprar um brinquedo, um sorvete, um passeio. Eles começam a fazer a relação de que, para ter aquilo que desejam, precisam ter dinheiro — explica o especialista.
Para desenvolver isso, alguns momentos, como a hora de comprar um brinquedo, a ida ao supermercado e o planejamento das férias, são ótimas oportunidades para falar sobre o assunto.