18 maio 2011

Produtores de arroz protestam em Uruguaiana contra os preços pagos pelo produto

Produtores de arroz protestam em 
Uruguaiana contra os preços pagos
pelo produto 
Crédito: Jairo de Souza / Especial CP
Cerca de 3,5 mil produtores de arroz do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina atenderam ao apelo das lideranças da categoria e se reuniram em Uruguaiana, nesta terça-feira, para protestar contra os preços pagos pelo produto e pelos problemas gerados pelo ingresso de arroz argentino no Brasil. A ponte internacional que liga a cidade a Paso de los Libres foi interrompida e eles prometem revezamento de duas em duas horas no local até quinta-feira para interromper o tráfego de veículos.
Das 14h às 18h o bloqueio foi total. Depois desse horário, uma das pistas foi liberada, mas caminhões e ônibus são impedidos de passar. Passageiros estão descendo dos veículos e atravessando a fronteira a pé. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitora o protesto. Em Paso de los Libres, a Gendarmeria Nacional da Argentina também estava alerta à movimentação.
A concentração dos orizicultores teve início nas primeiras horas da manhã, no Parque da Agrícola & Pastoril. Em carreata, eles se deslocaram para a praça Barão do Rio Branco, no centro de Uruguaiana, onde participaram, até às 13h, de uma Audiência Pública promovida pela Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa e Câmara Municipal de Vereadores. Durante o evento, os produtores teriam recebido a informação que, em Bagé, a Justiça Federal teria determinado a retomada da cobrança da taxa de Cooperação e Defesa do Orizicultor (CDO), análises químicas, e avaliação fitossanitária e a ativação das balanças para pesagem das cargas importadas da Argentina.
Logo depois, em Assembleia do Movimento Te Mexe Arrozeiro – durante o almoço servido aos produtores preparado com 400 quilos de arroz e 350 quilos de carne – foi decidido o bloqueio da ponte internacional como forma de sinalizar a disposição da categoria em não parar a luta enquanto as medidas aguardadas pelos orizicultores não forem atendidas.