04 junho 2011

Brasil fica no empate com a Holanda no Serra Dourada

Neymar deu trabalho, foi incansável, mas parou nas mãos
do goleiro holandês Krul
Foto:JEFFERSON BERNARDES/AFP
Casa cheia, jogo de grandes seleções, uma bela tarde de sábado em Goiânia para ver craques do futebol mundial em campo neste sábado. Brasil e Holanda era certeza de um bom espetáculo. Mas gol que é bom, nada. Os primeiros 45 minutos decepcionaram a torcida local, que ensaiou até uma vaia. Mas valeu pela atuação da etapa final, mostrando que o dedo de Mano Menezes se fez presente na conversa no vestiário. Com o mesmo time, o time até voltou melhor. Mas ficou devendo apenas o gol.
Foi um primeiro de muito toque de bola de um lado e tentativas frustradas de bolas enfiadas de outro. Engana-se quem pode pensar que o ritmo ditado por troca de passes foi do Brasil. Pois é. O 4-3-3 de Mano Menezes, com Robinho e Neymar flutuando no ataque, com Fred servindo como referência na área foi anulado pela boa defesa da seleção vice-campeã do mundo.
Os maiores perigos que o goleiro Krul teve na primeira etapa acabou vendo passar pela linha de fundo, principalmente num chute forte de fora da área de Ramires. O meia do Chelsea encheu o pé, mas faltou direção. E justamente endereço certo teriam duas bolas que os holandeses finalizaram, com Affelay – uma em contra-ataque veloz, com tabela de Van Persie, que culminou no atacante arrematando na pequena área e depois com uma bomba da entrada da área. O placar só não foi aberto graças às intervenções de Julio César, duas grandes defesas.
No fim da primeira etapa, a torcida goiana demonstrou insatisfação e chegou a ensaiar pedido para Mano colocar o meia Lucas na partida. Na volta para o segundo tempo, o Brasil voltou igual. O treinador apenas destacou que pediu mais calma para trabalhar a bola para diminuir os erros nas tentativas de ataque.
Valeu. Funcionou o pedido do técnico. Com o mesmo time, a objetividade foi alta. O Brasil empilhou chances com o trio Neymar, Robinho e até Fred. E quando Krul já estava batido, o zagueiro Pieters foi quem socorreu a Holanda. Ele livrou o gol em cima da linha dividindo a bola com Fred. Seria como se a Seleção espremesse uma "Laranja", mas não saísse suco – com o perdão do trocadilho ao apelido da seleção adversária.
Na metade final do segundo tempo o técnico Mano Menezes e o seu colega holandês, Bert van Marwjik, promoveram subsituições por lote – foram permitidas até cinco trocas no amistoso. Pior para o Brasil, que vinha em ritmo acelerado. E com as trocas, desacelerou. Não só perdeu a velocidade, como ficou com 10 em campo. O meia Ramires, que havia levado amarelo no primeiro tempo, cometeu falta dura em Robben. Levou vermelho.
Foi só a partir disso é que a Holanda se arriscou e tentou algo. A melhor – para não dizer uma rara – oportunidade foi justamente um chute de Robben. Foi fominha e mandou longe do gol de Julio César. Van Persie estava livre logo ao lado.