06 junho 2011

"Foi algo surreal", relatam gaúchos sobre cinzas de vulcão chileno que atingiram a Argentina

Cidade turística argetina ficou coberta pelas cinzas do vulcão chileno
Foto:Rafael Teixeira / Arquivo pessoal
 nuvem de cinzas que encobriu Bariloche surpreendeu o casal Rafael Teixeira, 33 anos, e Melissa Petry Gerhardt, 32 anos. Moradores de Porto Alegre, eles foram para a cidade argentina a turismo. As cinzas expelidas pelo vulcão chileno Puyehue encobriram o céu da cidade.
No domingo, as autoridades recomendaram à população que evitasse sair às ruas, e se fosse necessário, que utilizassem máscaras de proteção — não se sabia se as cinzas seriam tóxicas.
— Foi algo surreal. Foi uma "chuva" de mais de cinco horas. Infelizmente as farmácias inflacionaram os preços das máscaras, e mesmo assim, o produto acabou rapidamente — conta o empresário, natural de Sobradinho.
Após o susto inicial, no sábado, a cidade acordou sob uma camada de quatro centímetros de cinzas, atrapalhando os planos de turistas:
— Hoje (domingo) o dia amanheceu fechado, e a cidade, coberta de cinzas, uma camada de uns 4 cm. Havia tratores e patrolas nas ruas removendo as cinzas, que parece uma areia grossa. Muitos estabelecimentos não abriram hoje. No mais quanto ao passeio, alguns pontos turísticos estão fechados, e passeios de barco estão cancelados. O aeroporto está fechado, e ainda não sabemos se poderemos voltar de avião na quarta-feira, a alternativa é pegar um ônibus até Buenos Aires, o que são 20 horas de viagem.
A noite até chegou mais cedo, devido às cinzas no céu:
— Às 17h30min, já havia anoitecido, e o comum é isso ocorrer pelas 19 horas. O aeroporto está fechado, e ainda não sabemos se poderemos voltar de avião na quarta-feira, a alternativa é pegar um ônibus até Buenos Aires, o que são 20 horas de viagem.
Dependendo das condições de vento e se a erupção do vulcão Puyehue continuar no Chile, as  cinzas podem chegar ao RS, com mais intensidade na Fronteira Oeste e na Campanha, mas não deve causar transtornos como no Chile, onde 3,5 mil pessoas tiveram de deixar suas casas, e na Argentina.