29 junho 2011

"Nunca vi uma coisa tão brutal", diz pai de dentista assassinada

Nunca vi uma coisa tão brutal, diz pai de dentista assassinada 
Crédito: Pedro Revillion
Dezenas de familiares e amigos da dentista Márcia do Nascimento Gomes acompanham o julgamento do caminhoneiro Fabiano Costa de Lima, acusado de matá-la, em 2009, na 2ª Vara do Júri de Porto Alegre. Bastante emocionado, o pai da vítima, o policial civil aposentado Mário Brasil Antunes Gomes, de 73 anos, desabafou, ao lembrar do crime: “Nunca vi uma coisa tão brutal”.
Ele chegou por volta das 9h45min com a esposa, a professora e coordenadora pedagógica Maria Inez do Nascimento Gomes, de 61 anos. Ela chorou muito e não conseguiu falar sobre o que sentia desde o assassinato da filha, mas constatou que “todo mundo” estava no julgamento para dar forças. O casal mora em Santo Ângelo.
Amiga da mãe da vítima, a psicóloga Lana Ferraz contou que, em todo o período desde o crime, a solidariedade foi mantida. “Tentamos demonstrar para a família o quanto a Márcia representou com a sua riqueza de vida, seus projetos, seu valor.” Amiga da dentista, a universitária Luane Morales destacou que todo mundo gostava dela. “Era educada, gentil e amorosa”, lembrou.
Crime
Segundo o Ministério Público, em abril de 2009 Márcia foi abordada pelo caminhoneiro  no km 45 da Rota do Sol, em Terra de Areia, no Litoral Norte do Estado. Ela teria sido encurralada junto ao “guard rail”. Em seguida, foi dominada e levada a um matagal às margens da estrada, onde foi amarrada a uma árvore e agredida.
O caminhoneiro foi denunciado pelo promotor João Carlos de Azevedo Fraga, de Osório, por homicídio, estupro e atentado violento ao pudor. Porém, quem representa o Ministério Público no plenário é a promotora Dirce Soler. Ela sustenta a denúncia de homicídio duplamente qualificado.