11 setembro 2011

Com silêncio e lágrimas, americanos lembram os atentados

Minutos de silêncio lembram choque de aviões contra torres 
Crédito: Lucas Jackson / AFP / CP
Ao todo, os americanos ficaram seis minutos em silêncio neste domingo para lembrar os dez anos do atentado do 11 de Setembro, que deixaram quase 3 mil mortos e provocaram diversos efeitos colaterais no mundo, como as guerras no Afeganistão e no Iraque.
Às 8h46min (9h46min de Brasília), personalidades e familiares dos mortos iniciaram uma série de minutos de silêncio. Durante 60 segundos o Marco Zero, local onde ficavam as torres do World Trade Center, foi tomado por um silêncio sepulcral para lembrar o momento exato do impacto do primeiro avião com a Torre Norte.
Depois, às 10h03min, a multidão  ficou calada para lembrar o momento em que uma aeronave da United Airlines se chocou contra a Torre Sul do complexo.
A cerca de 320 km de Nova Iorque, em Washington, às 10h37min (horário de Brasília), foi feito um minuto de silêncio para marcar o momento em que um avião da American Airlines se chocou contra o Pentágono, prédio que abriga a cúpula militar dos Estados Unidos, matando 184 pessoas.
A cerimônia em Nova Iorque ficou em silêncio novamente às 10h59min. Naquele momento, exatamente há dez anos, a Torre Sul do World Trade Center desabou em razão do choque do avião da United Airlines, 56 minutos antes. Pessoas presas no prédio e bombeiros que trabalhavam no resgate morreram.
Às 11h03min, o silêncio é em Shanksville, na Pensilvânia, onde caiu um avião da United Airlines. Os passageiros do voo 93 da companhia, que havia sido sequestrado pelos terroristas, decidiram lutar com os sequestradores. A aeronave acabou caindo. O plano dos terroristas era atingir o Capitólio (sede do Poder Legislativo americano) ou a Casa Branca.
A cerimônia de Nova Iorque, que começou com o hino dos Estados Unidos interpretado por um coral do Brooklyn, ocorreu pela primeira vez a partir do interior do Marco Zero, onde foi construído um parque, inaugurado oficialmente neste domingo, em memória das vítimas.
O evento provocou lágrimas. Membros das famílias vestiram camisetas com os rostos dos mortos, levaram fotos, flores e bandeiras em um momento de emoção.
Pela primeira vez, parentes viram o memorial e tocaram os nomes de seus entes queridos, gravados ali. Alguns deixaram flores, outros pequenos ursinhos de pelúcia. Alguns usaram lápis para raspar os nomes em papel, outros tiraram fotografias.