25 outubro 2011

Seminário de Engenharia de Produção trouxe novidades em energia e cuidados para o solo

Evento contou com bom número de participantes
O Diretório Acadêmico de Engenharia de Produção (DAEPRO) organizou durante os dias 19, 20 e 22 de outubro, o IV Seminário de Engenharia de Produção. Realizado na SETREM, esta edição contou com a presença de quatro profissionais que trataram de assuntos como a viabilidade do Biogás, o aproveitamento de Biofertilizantes, os recursos disponibilizados pela Energia Eólica e as novidades da Energia Solar Fotovoltáica.
Na primeira palestra, o tema ‘Biogás, o Produto e sua Economia’ foi explanado pela Msc Leidiane Mariani, do Centro Internacional de Hidroinformática, Grupo Itaipu Binacional. “Podemos fazer a aplicação do Biogás em Energia Térmica, como Energia Elétrica e também para automóveis. Essa ainda é uma técnica que não está difundida no Brasil, mas na Alemanha já existem vários projetos. Atualmente aqui no Sul do país o Biogás é mais aplicado na geração de Energia Elétrica”.
O principal objetivo da palestra foi mostrar que o Biogás pode ser uma alternativa de aumento de renda tanto para o produtor, como também o desenvolvimento regional. Segundo a professora, amplia-se a demanda de mão-de-obra especializada, de construção e de pesquisa. “Temos que ver o Biogás como mais um produto de venda”.
O ‘Aproveitamento dos sólidos e líquidos restantes do processo na adubação’, foi tratado pelo Eng. Wanderlei Enderle da Indústria de Fertilizantes FERTICEL. “Direcionamos nossa palestra em relação à estrutura orgânica dos solos e por isso tratando dos resíduos oriundos de biodigestão, que é o biofertilizante. Esse produto hoje, como não tem muitas técnicas difundidas na região, ainda auxilia bastante a questão física dos solos. A sua adição em áreas agricultáveis acaba ajudando na estrutura do solo a médio e longo prazo devido aos nutrientes que o compõe”.
O Engenheiro que aponta os biofertilizantes como alternativa ao uso de produtos químicos, no caso os fertilizantes minerais. Para ele, esta forma degradou a estrutura do solo ao longo dos anos. “Nesse tempo todo priorizamos a natureza química do solo e nos esquecendo da natureza física e biológica, isso está se tornando insustentável em algumas áreas por falta de adições orgânicas”.
O Msc Adalberto Lovato, Metalúrgica Fratelli, apresentou o tema ‘Energia Eólica’, onde explicou que é utilizada desde a antiguidade, mas que foi a partir da década de 80 que os estudos sobre a energia movida pelos ventos tornaram-se mais específicos e sua aplicabilidade foi difundida. “O vento está em todo o lugar, é claro que existem regiões com mais ou menos intensidade. No Rio Grande do Sul, para se ter uma ideia, os ventos daqui poderiam manter umas cinco Usinas de Itaipu. Junto com o Ceará, Pernambuco e Rio Grande do Norte, é um dos Estados que mais exploram Energia Eólica”. Ainda comenta que no eixo Giruá-Cândido Godói há uma região muito propícia de ventos.
Para encerrar o IV Seminário de Engenharia de Produção a palestra ‘Energia Solar Fotovoltáica’, foi proferida pela Msc Elisângela Pinheiro (UFSM). “Podemos converter a radiação em dois tipos de energia, que são a Energia Térmica e a Energia Fotovoltáica”. Essa última, que foi tema da palestra, apresenta os benefícios que podem superar a Eólica e a Hídrica. “Essas duas formas de energia necessitam de um local para sua aplicação, e a Energia Fotovoltáica é mais flexível por poder ser gerada de qualquer lugar. Mas no que se refere à questão de valores, ainda não é tão viável. No Brasil nós não temos empresas que produzam esses painéis solares fotovoltaicos, o que temos são empresas que importam e revendem aqui. Por isso os valores são altos”. Na palestra também foi apresentado que é possível construir uma Usina Solar Fotovoltáica na região.