03 novembro 2011

Aberta em Porto Mauá a 2ª etapa da vacinação contra a aftosa no RS

Também prestigiaram a cerimônia
representantes de cooperativas da região
Uma pequena propriedade, de oito hectares, onde são criados 18 terneiros em um processo de recria e engorda, no município de Porto Mauá, no noroeste do estado, foi palco do início oficial da segunda etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa. O ato, realizado no início da tarde desta terça-feira, foi coordenado pelo secretário-adjunto da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Claudio Fioreze, e pelo diretor do Departamento de Defesa Agropecuária, Eraldo Leão.
Também prestigiaram a cerimônia representantes de cooperativas da região, o prefeito de Porto Mauá, Pedro Pizoni, e o representante da Farsul, Luiz Pitta Pinheiro.
A propriedade foi escolhida porque está dentro da zona de alerta sanitário, praticamente às margens do Rio Uruguai, que divide o Brasil da Argentina, e há cerca de 90 quilômetros do Paraguai. Dos 491 criadores do município, 460 estão enquadrados dentro dos critérios do Pronaf e devem receber 2.600 das 1.900.000 doses adquiridas pelo estado para esta segunda etapa, em que serão imunizados animais com idade até 24 meses.
“Na verdade este é um reforço da vacina para aqueles animais que, pela idade, ainda não têm memória imunológica e que foram vacinados na primeira etapa em maio, e a primeira dose para aqueles que nasceram neste período”, explicou Fioreze, ao conclamar os produtores de todo o Estado para aderirem à campanha. “Devemos, Estados, entidades e produtores, fazer um grande esforço de conscientização para a necessidade de prevenção, pois não queremos retornar àqueles momentos que vivemos no início dos anos dois mil, quando fomos atingidos por 52 focos, tivemos que abater 26 mil animais e consumimos mais de 11 milhões de reais do Estado”, destacou.
O diretor do DDA aproveitou para dizer que tão importante como a vacinação são os outros procedimentos para evitar a Febre Aftosa. “Entre estas ações, destacamos a necessidade de exigir a Guia de Trânsito de Animais sempre que for adquirir algum exemplar e informar qualquer suspeita da doença às IVZs”, acrescenta Eraldo Leão.
A propriedade
Nos oito hectares localizado à margem da RS 344, que liga Santa Rosa a Porto Mauá, Idiovani Bins, que vive com a mulher, professora de uma escola próxima, e com a sogra, planta dois hectares de milho e destina outros cinco hectares para o pasto que alimenta, além dos 18 terneiros, uma vaca de leite.
“Fiz a minha parte e espero que todos os outros também façam, porque é muito importante mantermos nosso estado livre da Aftosa”, disse o pequeno produtor.