21 novembro 2011

Alunos e pais se unem para pôr fim à greve dos professores

Reunidos em Canoas no sábado, estudantes vinculados à União Gaúcha dos 
Estudantes Secundaristas votaram contra a paralisação 
Foto: Fernando Riegel / Divulgação
Além de enfrentar o governo estadual, tradicional adversário em períodos de greve, a partir desta segunda-feira o Cpers dará início a uma paralisação  em que medirá forças contra dois outros oponentes.
Associações de pais e de alunos do Ensino Médio, que já apoiaram mobilizações anteriores do magistério, desta vez se insurgem contra a ameaça ao término do ano letivo e fazem pressão pública para que as escolas continuem funcionando.
Hoje e amanhã, representantes dos grevistas vão visitar colégios em todo o Estado em busca de apoio para o movimento. Ainda nesta segunda, o Cpers deve entregar uma contraproposta salarial ao governo estadual. Os professores deverão permanecer em vigília diante do Palácio Piratini a fim de reforçar a pressão sobre Tarso Genro.
Os estudantes secundaristas prometem fazer apelos nos próximos dias pelo encerramento da paralisação e pela volta da negociação com o Piratini. Para isso, também vão procurar apoio político com deputados estaduais na Assembleia.
Os pais de alunos, da mesma forma, adotaram uma posição incisiva contra a decisão da assembleia do Cpers e pretendem fazer campanha para esvaziar o movimento.
O presidente da Federação das Associações e Círculos de Pais e Mestres do Rio Grande do Sul (ACPM-Federação), Robison Minuzzi, mostrou-se claramente contrariado com a ameaça aos planos de férias das famílias e à participação nos vestibulares de verão.
— Não concordamos com a greve neste momento e recomendamos que os pais levem os filhos às escolas para mostrar a força dos pais, que jamais foram consultados — observou Minuzzi, quando os professores deflagraram o movimento.