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| Leonardo participou nesta quarta-feira de reconstituição do crime, em Cruz Alta Foto: Roberto Witter / Agencia RBS |
Um dia após ser libertado por sequestradores, o jovem Leonardo Machiavelli, 16 anos, participou da reconstituição do crime, nesta quarta-feira, em Cruz Alta, no noroeste do Estado.
Orientado por policiais, ele reconheceu o primeiro cativeiro no qual foi mantido, ainda em Cruz Alta. Como ficou vendado durante grande parte do tempo, elementos como a textura do piso da garagem, o banco em que ficou sentado, os lacres plásticos usados para que ficasse imobilizado e até mesmo moedas que haviam caído do bolso dele serviram para reforçar a versão da polícia de que a residência na Vila Hilda, periferia da cidade, teria sido o primeiro abrigo dos criminosos.
Após ser mantido no local por algumas horas, Leonardo foi levado para um segundo cativeiro, em Sapucaia do Sul. Só então, o jovem foi libertado na cidade vizinha de Cachoeirinha. Em julho, o estudante já havia sofrido uma tentativa de sequestro, mas na época conseguiu fugir.
— Passei por um grande susto. Agora vou mudar muita coisa, tomar mais cuidado — prevê o adolescente.
Dois suspeitos de terem cometido o crime já tiveram prisão preventiva decretada e foram encaminhados para o Presídio Estadual de Cruz Alta. Um terceiro homem, que também teria participação no crime, já foi identificado, mas ainda segue em liberdade. A polícia ainda não tem pistas sobre o paradeiro do quarto envolvido. A hipótese de mais pessoas terem participado também não é descartada.
Na segunda-feira, pouco depois do meio-dia, Leonardo foi sequestrado a 500 metros da casa dele, quando saía da escola. Ele é filho de um produtor de soja de Cruz Alta e retornou para casa nesta madrugada, após ser largado pelos sequestradores em Cachoeirinha, na Região Metropolitana, próximo ao cemitério Memorial da Colina, na estrada do Ritter.
