22 novembro 2011

Secretaria da Educação quer substituir grevistas para evitar prejuízos a alunos

Escola Protásio Alves, em Porto Alegre, teve aula normal nesta segunda-feira 
Foto: Ricardo Duarte / Agencia RBS
A Secretaria da Educação informou nesta segunda-feira que tentará substituir os professores grevistas no Estado. Para evitar os prejuízos a alunos inscritos em processos de vestibular, os primeiros educadores a serem trocados serão os do Ensino Médio, de acordo com a secretária estadual-adjunta, Maria Eulália Nascimento.
— Uma das orientações prioritárias que pedimos para as coordenadorias regionais de educação é que levantassem junto às escolas o número de professores paralisados, em especial os do 3° ano do Ensino Médio, para podermos tomar as medidas necessárias e garantir esse direito a esses alunos - afirmou, em entrevista à Rádio Gaúcha.
Na tarde desta segunda, o governador Tarso Genro afirmou que retomará as negociações com a direção do Cpers, apesar de considerar o rompimento da entidade com o governo como "arbitrário". No entanto, o governador reafirmou que o pagamento do piso nacional dos professores não será implementado neste ano, mas ao longo dos próximos três anos de governo.
Segundo o governador, as escolas estão orientadas a funcionar normalmente e a greve deflagrada na sexta-feira é um pequeno movimento que não vai levar a nada.
— Essa paralisação não gera nada de positivo. Pelo contrário, atrapalha o ano letivo, prejudica professores, alunos e a comunidade escolar.
A presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, reafirma que é uma obrigação do governo estabelecer um cronograma de pagamento do piso nacional do magistério e reforça que a entidade quer mais tempo para discutir a reforma no Ensino Médio.
Adesão de 5%
No final da tarde desta segunda, o secretário estadual de Educação, José Clovis Azevedo, divulgou um balanço parcial da greve do magistério. A pasta informou que 5% das escolas estaduais aderiram à mobilização..
O Cpers, por meio da vice-presidente, Neida de Oliveira, informou que a entidade divulgará o seu balanço na quarta-feira. Segundo ela, nestes primeiros dias de paralisação, a preocupação da categoria é estar nas escolas conversando sobre os objetivos com pais e alunos.
— Queremos que a nossa greve tenha a capacidade de dialogar com a sociedade. E é exatamente isso que estamos fazendo neste momento — afirmou.
A vice-presidente questionou o percentual de adesão divulgado pelo Estado.
— O governo está mentindo, assim como mente quando diz que está preocupado com a educação. Já conhecemos essa prática e esse discurso.