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Presidente terá de ser submetida a uma cirurgia no próximo dia 4 de janeiro Crédito: Pablo Porciuncula/AFP/CP |
Médicos detectaram um câncer na presidente da Argentina, Cristina Kirchner, após exames de rotina realizados no último dia 22, segundo informou o porta-voz da presidência, Alfredo Scoccimarro, em um anúncio que surpreendeu o país vizinho na noite desta terça-feira. O "carcinoma papilar" na glândula tireoide é localizado e não compromete os gânglios linfáticos, ou seja, não há metástase.
Cristina terá de ser submetida a uma cirurgia no próximo dia 4 de janeiro e permanecerá em licença médica até o dia 24 do mesmo mês. Neste período, a presidência será ocupada pelo vice-presidente, Amado Boudou.
Este é o quinto caso de câncer em presidentes da América Latina, a mesma doença já acometeu os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Fernando Lugo, do Paraguai, e Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, do Brasil. Ao contrário de alguns mandatários, que escolheram se tratar em outros países, como Chávez (que foi a Cuba) e Lugo (que recorreu ao Brasil), Cristina receberá atenção apenas de médicos argentinos. De acordo com o jornal Clarín, o cirurgião Pedro Saco, chefe da área de oncologia no Hospital Austral, será o responsável pela remoção do tumor.
Cristina Kirchner, 58 anos, vinha sofrendo de quadros de hipotensão, que a obrigavam a suspender, por breves períodos, as atividades oficiais. Ela reassumiu o poder em 10 de dezembro passado, para mais quatro anos de mandato, após vencer as eleições de 23 de outubro, com 54,11% dos votos. Seu marido e antecessor, Néstor Kirchner, morreu no dia 27 de outubro de 2010, aos 60 anos, vítima de um ataque cardíaco.
