Fator de proteção muda conforme a quantidade e a frequência da aplicação Foto: Charles Guerra / Agencia RBS |
A recomendação médica é usar diariamente, até mesmo no inverno, mas é no verão que o protetor solar ganha status de produto de primeira necessidade. Longas horas de exposição ao sol em psicinas, praias e parques fazem aumentar a preocupação com a pele, para evitar desde as inconvenientes queimaduras até doenças mais graves, como o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o câncer de pele é o mais frequente no Brasil, correspondendo a cerca de 25% de todos os tumores malignos registrados no país.
— Novos estudos demonstram que as pessoas usam muito menos protetor solar do que deveriam para não correr riscos de desenvolver doenças de pele por conta do sol — comenta a dermatologista Márcia Donadussi.
Um mito comum, segundo a especialista, é a crença de que fator de proteção maior do que 15 não adianta.
— Por algum motivo, se popularizou a ideia de que fatores de proteção mais altos eram apenas uma questão de rótulo, mas não é verdade. Todos deveriam usar protetor solar com fator de proteção, no mínimo, 30, independente da cor da pele — alerta.
Para fototipos mais sensíveis, a especialista recomenda fator 60. É o caso de quem tem pele, cabelo e olhos claros. No entanto, Márcia considera que a regra geral nem sempre se aplica, devido à grande missigenação que há no Brasil — pessoas de cabelo e olhos escuros podem ter pele clara e muito sensível ao sol, assim como loiros podem se bronzear com facilidade. A dica da dermatologista é simples: quem logo fica com a pele vermelha quando toma sol deve usar fatores de proteção maiores — mas nunca menores que 30.