Bernardi detalhou grupo que se propõe a analisar governo Tarso Foto: Geancarla de Aguiar / Divulgação |
Ao avaliar primeiro ano da gestão de Tarso, presidente da sigla, Celso Bernardi, disse que montará grupo para identificar erros
Em plena preparação da candidatura da senadora Ana Amélia Lemos para o Palácio Piratini, em 2014, o PP promete devassar minúcias dos atos do governo Tarso Genro a partir do ano que vem para identificar erros e contradições da gestão petista. A postura da sigla foi demarcada ontem, em entrevista do presidente estadual do PP, Celso Bernardi, em que ele avaliou o primeiro ano da gestão petista.
— Vamos fazer um governo paralelo em 2012. Acompanharemos os atos de cada uma das secretarias — disse.
A análise dos atos do governo será feita por 12 progressistas que integram o Grupo de Assessoramento Técnico (GAT), criado recentemente em ato de Bernardi. Entre os membros do núcleo, está o ex-governador Jair Soares, que exercerá o papel de coordenador, o ex-prefeito da Capital Guilherme Villela e o deputado estadual Frederico Antunes. Uma das prioridades será fiscalizar o cumprimento de cada item que consta no plano de governo apresentado por Tarso na campanha de 2010.
— Vamos fazer comparações entre os governos Yeda e Tarso, além de analisar atos, contratos e execuções — assegura Bernardi.
Sobre as eleições de 2014, ele diz que em janeiro ocorrerá a terceira reunião entre líderes de PP, PMDB, PSDB, PPS e DEM, que planejam formar um bloco unitário de oposição a Tarso.
— Até o final de 2013, vamos definir se estaremos juntos. Em 2012, nas eleições municipais, a nossa meta é haver o mínimo de atrito possível entre nós — revela Bernardi, citando um compromisso estabelecido entre as siglas.
Dentre as críticas ao governo Tarso, Bernardi destaca promessas de campanha de Tarso que não foram cumpridas, como o pagamento do piso nacional dos professores. Apesar de ter integrado o governo Yeda, que ingressou no STF com ação contra a lei do piso, os progressistas demonstram preocupação com a ausência de um calendário que faça a previsão dos pagamentos devidos aos professores.
Apontamentos
Além de projetar o próximo ano, o PP apontou problemas no primeiro ano de gestão:
— Ausência de calendário para o pagamento do piso nacional dos professores.
— Atuação tímida de Tarso na divisão equânime dos royalties do pré-sal.
— Fechamento do ano de 2011 com déficit nas contas públicas.
— Criação de 332 CC’s e 182 FG’s.