Waldemo Kochhann – Agente da Vigilância Sanitária |
Desde o nascimento das cidades na Idade Antiga, temos registros das preocupações com a Vigilância Sanitária. A Humanidade não conhecia ainda, os processos de contaminação que assolavam: a peste, a cólera, a febre tifóide, e outras doenças que marcaram a história; mas mesmo não conhecendo todo o processo de transmissão de doenças, era sabido que a água poderia ser uma via de contaminação e que, alimentos, de igual maneira, poderiam ser meios de propagação de doenças.
Com as populações aglomerando-se em cidades, estes problemas foram crescendo e se tornando mais complexos. Tiveram início, os serviços de vigilância sanitária como resposta a este novo problema de convivência social e ações capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos de Saúde Pública. Com o aumento da população, começaram a surgir estudos sobre a água, alimentos e remoção de lixo produzido. Começou-se a fiscalizar o comércio, a tratar-se a água, fiscalizar-se o abate de animais, os esgotos, o lixo doméstico, industrial, hospitalar, combate a vetores transmissores de doenças, mosquitos, barbeiros, remoção de animais no perímetro urbano, monitoramento da poluição do ar, do solo, recursos hídricos, transporte de produtos perigosos, etc. Vejam que o campo de atuação da Vigilância Sanitária é amplo e quase inesgotável, intervindo em quase todos os aspectos que possam dizer respeito a saúde da população.
O Poder Público quando flagra alguém desrespeitando as regras da Vigilância Sanitária, pode puni-lo por não cumprir as normas determinadas, sempre em nome da proteção à saúde pública.
As grandes indústrias conhecem muito bem as regras de produção e comercialização de produtos e, quando cometem uma irregularidade que leva risco a saúde, estão sujeitas a uma forte punição, mas nem todos os pequenos produtores conhecem os riscos de seus produtos para a saúde, nem as regras da vigilância sanitária, por isso, a ação da vigilância nos municípios vem mudando. Antes se privilegiava as ações de regular, vigiar e punir, agora deve-se regular, educar, advertir e orientar, punindo também, é claro, mas apenas em último caso. As ações de Vigilância nos dias de hoje, tem como recomendação fundamental a ação educativa, transmitindo ao comércio as normas técnicas, legais e as possibilidades de melhorias dos produtos e dos serviços. Com isso, ganha o consumidor, que tem sua saúde protegida e, ganha o proprietário, que pode oferecer um produto de melhor qualidade.
Gostaria de contar com todos, para nos ajudar na função de proteger a saúde da população de São José do Inhacorá – que em nosso município sempre foi um grande objetivo e que cada um faça a sua parte. Com exemplo: ao comprar no comércio inhacorense, é claro, remédios e alimentos, sempre verificar as condições do produto, o rótulo e a validade. Assim, todos estarão contribuindo para um maior rigor por parte das indústrias e do comércio. Avise ao serviço de Vigilância Sanitária toda irregularidade que notar!